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Eduardo Bolsonaro enfrenta risco de perder mandato e critica Hugo Motta
Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ) foram informados sobre os processos que podem levar à perda dos seus mandatos por terem faltado a mais de um terço das sessões da Câmara dos Deputados. Eles têm dez dias a partir desta quarta-feira para se defenderem, se desejarem.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP), criticou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável pela notificação, e o incluiu entre pessoas que, segundo ele, cedem às pressões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde fevereiro, acusou Hugo Motta de ter escolhido a desonra e afirmou que enfrentará uma luta. Ele disse que seu risco de perder o mandato decorre da falta de reconhecimento por parte do presidente da Câmara de que ele é vítima de perseguição política.
“Eu só acumulei faltas suficientes para a cassação do meu mandato porque o senhor, Hugo Motta, não reconhece o estado de perseguição que sofro. Prefere se alinhar com Alexandre de Moraes, cedendo às suas ameaças. Quando faz isso, ele continuará te ameaçando. Não entendo essa vontade de ser boneco do Alexandre de Moraes“, declarou Eduardo.
O deputado ainda adicionou um trecho de entrevista coletiva onde Hugo Motta confirma que Eduardo Bolsonaro já atingiu o número de faltas que podem resultar na cassação do mandato, e afirmou que ele “pagará o preço Moraes”.
“Quando você for às ruas, será cobrado, não por mim ou militantes partidários, mas porque as pessoas se revoltam com injustiças. É lamentável que eu possa perder um mandato que me foi concedido por mais de 700 mil votos. Mandato não cai do céu”, afirmou Eduardo.
Hugo Motta declarou que a Câmara começará a analisar os pedidos de cassação dos deputados a partir da próxima semana.
Ele ressaltou que “é impossível exercer o mandato parlamentar fora do território nacional”.
Eduardo Bolsonaro viajou aos Estados Unidos citando perseguição do STF e desde então tem atuado em sanções contra autoridades brasileiras e pressionando pela anistia do pai, condenado pela trama golpista. Hugo Motta sofria pressão da esquerda para avançar no processo de cassação.
No caso de Alexandre Ramagem, a decisão será tomada diretamente no plenário. Ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ele foi condenado pelo STF na trama golpista, incluindo a perda do mandato. Ramagem também está nos Estados Unidos, e Alexandre de Moraes determinou sua prisão a pedido da Polícia Federal após sua saída do país.
Na madrugada de quinta-feira, a Câmara decidiu preservar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que está presa na Itália desde julho e foi condenada por participação na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Sua prisão teve ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Além disso, a Câmara aprovou suspensão de seis meses do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) após o parlamentar ocupar a cadeira da presidência e tentar impedir os trabalhos do plenário. O processo de cassação de Glauber foi analisado no Conselho de Ética da Câmara, decorrente de um incidente com um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) no ano anterior.

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