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Eduardo fala sobre Bolsonaro, gera desconforto e conversa com Tarcísio mostra maturidade

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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que sentiu desconforto com o comentário feito por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que disse que ele não é “tão maduro”.

O ex-presidente comentou que, embora Eduardo tenha 40 anos, ele ainda não está completamente preparado para a política.

O comentário ocorreu durante uma entrevista ao Poder360 na terça-feira, 15, quando foi questionado sobre um conflito público entre Eduardo e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), envolvendo a taxação imposta pelo presidente americano, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

Na quarta-feira, 16, o deputado licenciado falou em um programa do youtuber Paulo Figueiredo, nos Estados Unidos, onde reside, que a declaração do pai “gera desconforto” e “parece desvalorizar o trabalho realizado aqui”.

“Para resolver a situação, entrei em contato com meu pai. Conversamos e inclusive discutimos o assunto com o Tarcísio“, disse Eduardo.

“Meu pai valoriza o nosso trabalho aqui. Ele também fica preocupado com a questão das tarifas, mas entende que essa medida difícil precisa ser aplicada agora para surtir efeito”, acrescentou.

Sobre o conflito, Eduardo afirmou que teve uma conversa longa e produtiva com Tarcísio, classificando como uma “questão de maturidade”, e que ambos chegaram a um entendimento.

“Sei que corro o risco de prejudicar minha imagem política, parecendo que entrei em conflito com o Tarcísio e depois desautorizei minha própria base ao recuar. Na verdade, não é um recuo, mas uma atitude madura. Nosso objetivo é preservar os interesses dos brasileiros e resgatar a liberdade”, explicou Eduardo.

Ele destacou que ele e o governador de São Paulo não são inimigos. “Não somos inimigos e nosso verdadeiro adversário está do lado da esquerda e do ministro Moraes. É esse o inimigo que precisamos combater para termos o Brasil que queremos e restaurar a normalidade. O restante são apenas debates e discussões”, minimizou.

Eduardo destacou que alcançou o objetivo pelo qual se licenciou da Câmara e se mudou para os Estados Unidos: sancionar autoridades brasileiras em defesa do pai, que é réu por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Tarcísio, inicialmente apoiando a medida, embora contrária aos interesses econômicos do Brasil, teve que recuar após receber muitas críticas e agora tenta negociar com os americanos. Ao perceber o recuo de Tarcísio, Eduardo o viu como um opositor do pai e passou a criticá-lo publicamente.

Bolsonaro afirmou que mediu a situação e “colocou um ponto final” ao conversar com ambos. Tarcísio não se pronunciou sobre o assunto, mas compartilhou uma publicação em que Eduardo menciona a conversa e destaca que têm “visões de mundo diferentes”.

O deputado licenciado também afirmou ter oferecido ao governador a possibilidade de levar suas ideias aos negociadores americanos e fez a mesma proposta aos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), oferecendo seu capital político e intermediação com os Estados Unidos.

A disputa tarifária iniciada por Trump, que tem a família Bolsonaro envolvida, se intensificou na terça-feira, 15, com o anúncio de que o governo dos Estados Unidos abriu uma investigação contra o Brasil a pedido do presidente americano.

A investigação busca apurar “se atos, políticas e práticas do governo brasileiro são irracionais ou discriminatórias e prejudicam ou limitam o comércio dos EUA”, conforme documento oficial.

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