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Eleição dos EUA: Eleitores de Missouri decidirão se mantêm proibição do aborto
Estado tem uma das leis mais rígidas dos Estados Unidos
Os eleitores do estado de Missouri decidirão nesta eleição se efetivamente revogarão a proibição quase total do aborto em seu estado — uma das mais rígidas do país — com uma medida eleitoral que visa incluir as liberdades reprodutivas na constituição do estado.
É um dos 10 estados que votam em emendas constitucionais para proteger os direitos reprodutivos nesta eleição — e um dos cinco que podem ver sua votação anular uma proibição do aborto ou uma política restritiva de aborto.
Se aprovada, a medida eleitoral do Missouri estabeleceria o direito de tomar decisões sobre cuidados reprodutivos – incluindo aborto – sem interferência até por volta de 22 a 24 semanas de gravidez.
Quando a Suprema Corte anulou a Roe v. Wade – direito judicial que protegia a liberdades de mulheres grávidas a decidirem sobre o aborto – em 2022, encerrando o direito nacional ao aborto, o Missouri foi o primeiro estado do país a implementar uma proibição ao aborto. Sem exceções para sobreviventes de estupro ou incesto, é uma das leis de aborto mais restritivas do país.
A lei do Missouri descreve uma exceção para emergências médicas, mas não anomalias fetais ou outras complicações da gravidez. Ela também coloca os provedores de aborto em risco de responsabilidade legal.
“Desde que me lembro, eu queria ser mãe. Tenho sorte de ter meu filho, mas não tive sorte com minha segunda gravidez”, diz uma mulher chamada apenas de “Erika”, de Kansas City, Missouri, em um anúncio de campanha a favor da medida.
“Houve uma anomalia fetal e, para me proteger, precisei de um aborto, mas com a proibição total do aborto no Missouri, não consegui obter o tratamento de que precisava no Missouri. Em vez disso, enfrentei barreiras cruéis e desumanas”, ela acrescenta.
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