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Eleições: maioria dos brasileiros quer combate à corrupção, mas não projeta mudanças
Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizada no início de dezembro passado e divulgada nesta terça-feira (16) mostra que o combate à corrupção é o item mais citado no que deveria estar entre as prioridades do futuro presidente do Brasil.
Para 47% dos entrevistados, este tema deveria contar na agenda prioritária do próximo governante. Em seguida, aparecem como temas o investimento na saúde (para 39%) e na educação (33%), assim como a segurança pública (32%) e a geração de empregos (29%).
Perfil do candidato
Entre as principais características pessoais determinantes para que votem em um candidato, foram citadas a honestidade (50%), ser alguém que cumpre o que promete (35%) e que saiba abrir mão dos seus interesses particulares em benefício dos interesses da população (32%).
Já a maior parte dos entrevistados (63%) afirma que não votaria de forma alguma em um candidato envolvido em escândalos de corrupção e 34% jamais votariam em alguém distante da população e que não conhece os problemas do povo.
Tudo na mesma
Apesar de a pesquisa mostrar uma disposição de boa parte dos entrevistados contra a corrupção, o estudo revela 47% dos brasileiros estão atualmente indiferentes com a eleição presidencial de 2018, por acreditarem que tudo continuará a mesma coisa. Outros 26% estão otimistas, acreditando que as coisas vão melhorar e 16% estão pessimistas.
Entre os que acreditam na melhora do país após as eleições, os principais motivos são a crença de que o próximo presidente poderá tirar o Brasil da crise (47%) e porque os políticos e empresário corruptos estão sendo presos (34%).
Entre os que acham que as coisas vão piorar depois das eleições, os principais motivos são considerar que o povo brasileiro “não sabe votar nem cobrar seus governantes” a realização das promessas (50%), porque os principais políticos e empresários envolvidos em corrupção não foram presos ou punidos (49%) e porque mesmo com as prisões e investigações já realizadas a corrupção não acabou (44%).
A nota média para a esperança de que o Brasil vai melhorar depois das eleições é de 5,6, em uma escala de 0 a 10.
Mudanças?
Ainda que um percentual expressivo dos entrevistados esteja indiferente a respeito do presidente da república a ser eleito em outubro, sete em cada dez entrevistados esperam que o novo governante faça uma grande mudança em relação ao que vem sendo feito (74%). Outros 20% desejam mudanças, mas também querem a manutenção de alguns programas e reformas e somente 6% esperam continuidade às diretrizes do atual presidente.
Apoio às reformas
A pesquisa do SPC também questionou os entrevistados sobre as principais reformas em andamento ou já realizadas pelo governo de Michel Temer. Veja:
Reforma Trabalhista
– 47% a consideram pouco ou nada importante e 46% importante ou muito importante;
– 58% acreditam que o próximo presidente deve continuar com a reforma; mas 49% avaliam que a proposta precisa de ajustes;
– 31% acreditam que a reforma deve ser paralisada.
Reforma da Previdência
– 49% a consideram pouco ou nada importante e 45% importante ou muito importante;
– 58% acreditam que o próximo presidente eleito deve continuar com a reforma; mas 50% acreditam que a proposta precisa de ajustes.
– 31% acreditam que o próximo presidente deve paralisar a reforma.
Reforma Política
– 66% a consideram importante ou muito importante e 27% a consideram pouco ou nada importante;
– 73% acreditam que o próximo presidente eleito deve dar continuidade a reforma; mas 60% esperam que a proposta tenha ajustes;
– 11% acreditam que o próximo presidente deve paralisar a reforma.
Mudanças na Política Econômica
– 66% consideram as mudanças na política econômica importante ou muito importante e 25% consideram as mudanças pouco ou nada importante;
– 72% acreditam que as mudanças devem continuar, principalmente com grandes ajustes (59%);
– 12% acreditam que o próximo presidente deve paralisar as mudanças.
Foram entrevistadas pelo SPC Brasil 682 pessoas entre 27 de novembro e 7 de dezembro do ano passada. A margem de erro é de 3,8% para mais ou para menos.
Com informações da assessoria de imprensa da SPC.
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