Brasil
Eletropaulo cai 3 posições em ranking de qualidade em distribuição da Aneel
A AE Eletropaulo caiu três posições no ranking de qualidade entre as empresas de distribuição de energia no Brasil. Segundo a última lista feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as empresas de grande porte, a Eletropaulo passou a ocupar a 14ª posição. Entre os fatores que influenciaram o rebaixamento estão a dificuldade dos clientes de conseguir atendimento, rede exposta e cortes no fornecimento em São Paulo.
Um levantamento da própria Eletropaulo divulgado pelo SPTV mostra que, se os cabos fossem aterrados, 90% dos cortes poderiam ser evitados. A capital tem 17 quilômetros de ruas com fios expostos. Um decreto de 2006 obriga a cidade a enterrar anualmente cerca de 250 km de cabos transmissores de luz por anos, mas no ritmo atual, seriam necessários 164 anos para concluir o serviço.
“Isso é objeto de uma ação judicial. Há uma lei municipal que obriga o enterramento, mas há uma contestação por parte da Eletropaulo dizendo que, quando ela adquiriu a companhia no processo de privatização, isso não constava no caderno de encargos. Então o município não poderia exigir que ela enterrasse os fios, sendo que na privatização ela não assumiu esse compromisso”, afirmou o prefeito Fernando Haddad .
“Então é uma disputa judicial que o judiciário vai acabar dizendo quem tem razão. Se o município ao obrigar a concessionária a estabelecer um cronograma de enterramento ou a concessionária diante desse argumento que ela apresentou”, completou o prefeito.
Em nota, a Eletropaulo disse que desconhece a disputa judicial citada pelo prefeito e que é a favor do aterramento da rede desde que haja uma definição das fontes de custeio e do cronograma de obras. De acordo com a empresa, o quilômetro de uma rede subterrânea é 16 vezes mais cara que a rede aérea.
Redução de acidentes
Outro benefício dos fios aterrados é a redução do risco de acidentes. “Quando se trata de energia elétrica, o tipo de ocorrência mais comum que o Corpo de Bombeiros atende é a queda de fio energizado. O principal risco é o choque elétrico, que pode causar até o óbito de uma pessoa que esteja próxima”, explicou a tenente dos bombeiros Ana Carolina Settanni.
No fim de fevereiro, o engenheiro José Paulo Machado pisou em um fio que arrebentou na Rua Tubi, no bairro Santa Cecília. Ele morreu depois de levar uma descarga elétrica de 13 mil volts.
O documento produzido pela Eletropaulo apontou ainda que de 2013 para 2014, a companhia cortou em 25% os investimentos em confiabilidade operacional, que são as ações para reduzir quedas no fornecimento, revenir acidentes e modernizar a rede. No mesmo período, as interrupções aumentaram 11%. A empresa, no entanto, afirmou que 70% do fluxo de caixa são usados nessa área.
Fonte: G1
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