Parte do sistema de tração de um dos trens do Metrô do Distrito Federal estourou por volta das 9h desta quarta-feira (13), na chegada da estação Águas Claras. Os usuários se assustaram com o barulho, mas ninguém se feriu. A falha atrasou a viagem em cerca de 5 minutos.
Os passageiros que estavam na composição – que vinha do terminal Ceilândia – e na estação ouviram um estampido e notaram fumaça saindo de um dos vagões.
Neste momento, o trem parou e todos os usuários desceram. O piloto chegou a orientar todos a entrarem de volta nos vagões, mas, em seguida, mudou de ideia. Logo depois, uma nova composição chegou ao local, vinda do terminal Samambaia, e os passageiros foram realocados.
Em nota enviada ao G1, o Metrô-DF, informou que “houve falha na tração de um trem, por isso o barulho” e que “o trem foi levado à manutenção”. No momento do incidente, porém, funcionários no local atribuíram o problema a um problema nos freios.
Sequência de falhas
Na segunda (4), na terça (5) e na sexta-feira (8), as falhas atingiram as portas, o que faz com que toda a composição travasse. Em todos os casos, os trens do metrô ficaram parados por cerca de 20 minutos. Os veículos danificados tiveram de ser retirados dos trilhos.
Já na quarta (6), no fim da tarde, foi registrado um problema de comunicação entre as estações Shopping e Feira. Com isso, os trens rodaram em baixa velocidade para evitar acidentes, enquanto a central de controle tentava restabelecer o contato.
Como consequência da baixa velocidade, as estações ficaram superlotadas, e os vagões, sobrecarregados. O Metrô-DF atende, em média, 160 mil usuários por dia.
Metrô diz que melhorou
Apesar da sequência de erros, a administração do Metrô diz que o índice de problemas caiu. Na comparação com 2017, entre janeiro e maio, o registro de “incidentes notáveis” caiu 35%.
O Metrô também afirma que investiu R$ 25 milhões em manutenção em 2017 – bem mais que os R$ 4,5 milhões investidos em todo o período entre 2013 e 2016. O termo “incidente notável”, nas planilhas do serviço, se refere a falhas que ultrapassam 15 minutos, em horário de pico, ou 20 minutos nas outras faixas.
Na semana passada, todas as falhas foram em horário de pico. Questionada sobre essa recorrência, a assessoria do Metrô disse que “falhas ocorrem”, qualquer que seja o horário.
Os problemas mais frequentes registrados pelo transporte são falhas na comunicação, invasões do trilho e falta de funcionários nas escalas. Em fevereiro, porém, um trem descarrilou entre as estações Águas Claras e Arniqueiras. O acidente foi atribuído a um problema nos freios.
No início de abril, cabos de fibra óptica se romperam entre as estações Shopping e Feira – o mesmo trecho onde houve falha duas vezes, nesta semana. Naquele momento, o serviço só foi normalizado após 5 horas de funcionamento parcial das linhas. Em maio, falhas nas catracas fizeram com que a fila na estação Águas Claras chegasse à rua.
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