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Em vez de reduzir pena, Justiça de SP erra e publica anulação de júri
O julgamento do recurso aconteceu em setembro. Os desembargadores Guilherme de Souza Nucci (relator), Newton Neves e Otávio Augusto de Almeida Toledo, da 16.ª Câmara Criminal, determinaram a redução da pena de Macedo.
A sessão seguiu os trâmites normais, o procurador Paulo Juricic falou em nome do Ministério Público e o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira fez a sustentação oral em favor do acusado.
À reportagem, Mariz – considerado um dos maiores advogados criminalistas do País – disse que encaminhou uma petição ao TJ-SP informando sobre o erro. “Foi determinada a redução da pena. Essa história de novo júri deve ter sido um engano do gabinete. Porque, embora isso possa aparentemente favorecer a defesa, o resultado não foi esse. Por uma questão de honestidade profissional, estou declarando que não há novo júri, mas a redução da pena.”
Mariz explicou também que só haveria possibilidade de um novo julgamento se os desembargadores tirassem alguma qualificadora da sentença que condenou Macedo a 24 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima). “Mas isso não aconteceu. Foi determinada apenas a redução da pena.” O acusado está detido no presídio de Tremembé 2, no Vale do Paraíba.
Segundo o promotor Rodrigo Merli, que atuou no processo em 1ª instância, “a 16ª Câmara deve uma boa explicação sobre o que realmente aconteceu”. Merli considera o caso “muito grave” e diz que o MPE está tomando medidas cabíveis para que prevaleça o que foi decidido no julgamento pelos desembargadores. “Eu nunca tinha visto algo parecido antes.”
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do TJ-SP não comentou as afirmações da Promotoria e da defesa de Macedo. Informou apenas que o processo está com o desembargador Souza Nucci “para apreciação de petição”.
O crime
Segundo as investigações, no dia 23 de dezembro de 2010, Macedo foi até a delegacia para supostamente conversar com a delegada.
Denise Quioca havia terminado o namoro de quase dez anos com o acusado e estava noiva de um tenente da Polícia Militar. Macedo entrou na sala e pediu para ir ao banheiro. Na volta, matou a delegada com 13 tiros. Em seguida, jogou as armas no chão e se entregou. Ele foi condenado em setembro de 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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