Economia
Empregos no setor de serviços batem recorde em 2023

O setor de serviços alcançou um número recorde de 15,2 milhões de empregos em 2023, mostrando um crescimento de 7,1% em comparação aos 14,2 milhões registrados no ano anterior.
Em relação a 2019, período anterior às restrições causadas pela pandemia de covid-19, o setor cresceu 18,3%, o que significa um acréscimo de 2,4 milhões de trabalhadores.
Esses dados são resultados da Pesquisa Anual de Serviços divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora os dados sejam de 2023, esta é a análise anual mais atual do setor feita pelo IBGE.
A pesquisa abrange atividades como hospedagem, alimentação, transporte, comunicação, turismo, escritórios, setor cultural e conserto de veículos, excluindo empresas financeiras.
Distribuição dos empregos
Do total de 34 atividades analisadas, cinco respondem por quase metade das vagas criadas. Destacam-se:
- Serviços de alimentação: 1,8 milhão de empregos (11,74%)
- Serviços técnico-profissionais: 11,24%
- Serviços para prédios e paisagismo: 8,11%
- Serviços de escritórios e apoio administrativo: 7,78%
- Transporte de cargas: 8,20%
Salários no setor
Em 2023, 1,7 milhão de empresas do setor de serviços pagaram um total de R$ 592,5 bilhões em salários, o que representa em média 2,3 salários mínimos mensais por trabalhador.
Três segmentos têm remuneração acima da média, com destaque para serviços de informação e comunicação, que chegam a pagar 4,7 salários mínimos.
- Serviços de informação e comunicação: 4,7 salários mínimos
- Outras atividades de serviços: 3,6 salários mínimos
- Transporte e serviços correlatos: 2,8 salários mínimos
Os maiores salários estão em São Paulo (2,8 salários mínimos), Rio de Janeiro (2,5) e Distrito Federal (2,4). Já as menores remunerações foram registradas no Acre, Roraima e Piauí, com 1,4 salários mínimos.
Receitas das empresas
As empresas do setor geraram receita bruta de R$ 3,4 trilhões em 2023, com São Paulo respondendo por 45% desse total, seguida por Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares passou a liderar a receita líquida, com 29,2% de participação, ultrapassando o segmento de transportes e serviços auxiliares.
Desempenho recente
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, no primeiro semestre de 2025 o setor cresceu 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que indica uma continuidade da expansão econômica.

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