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Empresário suspeito de fraudes no INSS tinha carros de luxo e imóveis caros
A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12) o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e seu sócio, Maurício Camisotti, suspeitos de participação em um esquema de fraudes milionárias contra aposentados e pensionistas do INSS.
A operação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é uma continuação da Operação Sem Desconto, que investiga descontos indevidos em benefícios previdenciários por todo o país.
De acordo com informações do Globo, os investigadores identificaram risco de fuga e sinais de tentativa de esconder bens. O caso ganhou destaque em maio, quando a Polícia Federal apreendeu uma frota de carros de luxo na residência do empresário avaliada em mais de R$ 3,8 milhões.
Entre os veículos apreendidos estavam modelos da Porsche — 911 e Panamera — avaliados em R$ 1,5 milhão e R$ 800 mil, respectivamente, além de uma BMW Competition, no valor de R$ 890 mil, uma BMW M135, avaliada em R$ 271 mil, e um Range Rover, que normalmente ultrapassa R$ 400 mil no mercado.
Além dos automóveis, os investigadores também identificaram a existência de imóveis de alto padrão em São Paulo e Brasília. Em um dos documentos coletados pela PF, consta que Antunes teria adquirido à vista uma residência no Lago Sul, região nobre da capital federal, pelo valor de R$ 3,3 milhões — um montante incompatível com sua renda declarada.
Em uma nota anterior, a defesa de Antunes afirmou que a compra e venda de veículos de luxo faz parte das suas atividades empresariais e que todos os bens estavam regularizados. Eles também negaram qualquer participação no esquema de fraudes e se mostraram dispostos a colaborar com as investigações, cumprindo as medidas judiciais estabelecidas.
Quem é o ‘Careca do INSS’?
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido popularmente como “Careca do INSS”, movimentou R$ 12,2 milhões em suas contas bancárias durante um período de 129 dias, pouco mais de quatro meses.
Ele é apontado pela Polícia Federal como a principal figura do suposto esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do instituto.
As empresas de Antunes atuavam como intermediárias financeiras para entidades associativas, conforme os documentos da investigação. A defesa do empresário afirmou que as acusações não correspondem aos fatos.
A polícia destacou que o empresário efetuava transferências no mesmo dia em que recebia os valores, mantendo saldo baixo nas contas, o que sugere uma tentativa de dificultar o rastreamento dos fundos.

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