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Empresários de Caldas Novas querem reabertura do turismo em julho

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Vista aérea de Caldas Novas (Foto: Wikipedia / Divulgação).

A exemplo de Pirenópolis, a cidade de Caldas Novas também avalia a abertura do turismo para julho. Empresários do setor avaliam que há condições sanitárias para a retomada das atividades para pequenos estabelecimentos em junho e maiores em julho. Prefeitura, no entanto, prefere cautela e solicitou estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) para possível liberação. Cidade de Goiás também pode reabrir.

Protocolo operacional de retomada das atividades, elaborado pela Associação Regional das Águas Quentes de Goiás (Aqua), foi entregue no último dia 27 de maio para a Secretaria de Estado da Saúde (SES). O documento deve ser avaliado na próxima reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) com reunião prevista para a tarde de quarta-feira (10).

O protocolo prevê tomada de medidas como distanciamento para clientes, funcionários, higienização pessoal, de ambientes, além de monitoramento de possíveis infectados.  A ideia da Aqua é que haja abertura gradual, de pequenos estabelecimentos do turismo, como pequenos hotéis, pousadas, clubes e parques aquáticos, a partir do dia 15 de junho, com percentual estabelecido de 50% no funcionamento.

Em uma segunda fase, almejam a liberação de 75% do comércio, com inclusão do pool hoteleiro, que incluem flat service, apart hotel e hotéis condomínios. A terceira fase seria de 100%, incluindo condomínios de multipropriedades e condomínios residenciais.

A proposta também envolveria a obrigatoriedade do seguro viagem para despesas médicas e hospitalares, o que desoneraria o sistema de saúde.

Crise

Segundo o presidente da Aqua, Marcelo Palmertson, continuar fechado não é uma opção para o empresário da cidade. Ele argumenta que o setor movimenta 75% da economia da cidade e 50% do turismo de todo o estado. Além disso, mais de 8 mil postos de trabalho já estariam condenados pelas medidas de isolamento social para a contenção da pandemia de covid-19 no estado.

“Se não voltarmos o mais rápido possível, a cidade quebra. Apresentamos um protocolo rígido para poder voltar a funcionar. Temos que ter equilíbrio entre a saúde e a economia. Pois, o desemprego também mata”, aponta.

O secretário de Turismo do município, Ivan Garcia, diz que 70% do comércio de Caldas Novas está em funcionamento. No entanto, o setor do turismo é mais delicado. Por isso aguarda liberação do laudo produzido pelo COE, mas adianta que solicitou junto à Universidade Federal de Goiás (UFG) estudo específico sobre a região de Caldas Novas.

Autoridades

“Não falamos em datas. Mas esperamos e temos fé que podemos começar no dia 15 de junho uma abertura gradual e 100% responsável”, alerta Ivan.

O secretário de saúde, José Ricardo Mendonça, também aguarda os estudos para qualquer definição. Ele diz não ter condições de qualquer previsão sem a avaliação técnica solicitada junto à UFG e ao COE estadual.

De acordo com o último boletim divulgado, Caldas Novas tem 29 casos confirmados de covid-19, dos quais dois internados, 18 em isolamento domiciliar e nove curados. Foram registradas duas mortes e 169 casos de síndrome gripal seguem em monitoramento.

Goiás

Na cidade de Goiás a situação se repete. Representantes e comerciantes buscam junto à prefeitura a liberação das atividades, sobretudo para aproveitar os meses de junho e julho, tradicionalmente bons para o setor por incremento do turismo. Eles argumentam também que estão à beira da falência e que o município não tem casos de covid-19.

A prefeita Selma Bastos (PT) é cautelosa, mas avalia a abertura. Nova reunião com o setor na semana que vem deve decidir possíveis datas para retomada gradativa. No entanto, ela receia que haja aumento exponencial dos casos devido ao trânsito de turistas de outras regiões para a cidade histórica.

Goiás possui cinco leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) equipados com respiradores e uma unidade de saúde preparada para o tratamento de síndrome respiratória aguda grave.

Pirenópolis

A cidade histórica de Pirenópolis já anunciou que prepara uma abertura gradual. Mas segundo o prefeito João do Léo (DEM) o decreto que prevê abertura interna, de bares e restaurantes, ainda espera o preparo dos profissionais de saúde e dos protocolos a serem seguidos pelos comerciantes.

“A intenção é abrirmos de forma interna para avaliação do número de contaminações para, assim, retomarmos o turismo. Mas esse tipo de coisa muda do dia para a noite. Vamos no passo a passo”, diz o prefeito.

A Goiás Turismo, por meio da assessoria de imprensa, diz que os municípios tem autonomia de acordo com decreto estadual, no entanto orienta para que as decisões sejam tomadas de acordo com relatórios epidemiológicos e capacidade de absorção de possíveis contaminados no sistema de saúde. A agência alerta ainda que os meses de junho e julho são preocupantes, pois, de acordo com a UFG, pode haver o pico da doença em Goiás.

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