Economia
Empresas buscam acordo para manter vendas de máquinas aos EUA, afirma diretora da Abimaq

Exportadoras brasileiras de máquinas estão negociando soluções com clientes dos Estados Unidos para minimizar o impacto das tarifas elevadas impostas pelo governo norte-americano. Isso pode impedir a paralisação total das vendas desses produtos no mercado dos EUA, conforme declarou Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Em agosto, a Abimaq alertou que as taxas adicionais poderiam fazer com que as exportações de máquinas brasileiras para os Estados Unidos cessassem a partir de setembro. No entanto, em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 1º, a entidade revelou que informações recentes coletadas junto aos fabricantes indicam a possibilidade de esse cenário ser evitado.
Cristina Zanella explicou que as negociações envolvem a discussão sobre os prejuízos causados pelas tarifas, com exportadores e importadores considerando a divisão dos custos adicionais. Projetos já iniciados não foram cancelados e devem continuar pelo menos até 2025.
“A expectativa de interromper completamente as exportações pode não se concretizar. As empresas afirmam que continuam realizando entregas”, ressaltou Zanella.
Ela também comentou: “Não é possível desligar essa operação de um dia para o outro. Embora alguns projetos tenham sido cancelados inicialmente, esse não é o cenário geral. Muitas empresas mantêm seus contratos e buscam reorganizar suas estratégias de comercialização”.
Zanella acrescentou que as empresas que atualmente destinam a maior parte de suas exportações para os EUA provavelmente passarão a direcionar seus produtos a outros mercados internacionais.

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