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Enchentes na China deixam mais de 140 mortos; exército é acionado
As autoridades chinesas mobilizaram o exército nesta terça-feira para tentar conter as inundações que deixaram mais de 140 mortos ou desaparecidos na bacia do rio Yangtze, onde não eram registradas tempestades tão intensas há quase 60 anos.
As imediações do terceiro maior rio do mundo registram chuvas recordes este ano, afirmou o vice-ministro de Situações de Emergência, Zheng Guoguang.
“Desde junho, as chuvas na bacia do Yangtze são as mais fortes desde 1961”, declarou o vice-ministro.
O volume de chuva no período é 51% superior à média, informou Guoguang. As autoridades estão especialmente preocupadas com a cidade de Wuhan (centro), onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez em dezembro de 2019.
Mas ao que tudo indica, o pico da cheia na metrópole de 11 milhões de habitantes aconteceu na segunda-feira e não provocou muitos danos.
Agora a atenção está voltada para o lago Poyang, o maior da China, na província de Jiangxi (centro).
Segundo a agência de notícias Xinhua, o nível de água registrado por uma estação de controle superou o recorde estabelecido em 1998, quando quando aconteceram as inundações mais graves das últimas décadas, que deixaram mais de 4.000 mortos em toda China.
Quase 100.000 pessoas foram mobilizadas para lutar contra as inundações em Jiangxi, entre militares, membros das equipes de emergência e civis. A maioria foi enviadas para os arredores do lago Poyang, onde vários diques cederam, de acordo com a televisão nacional.
Na cidade de Jiujiang, onde o lago se encontra com o rio Yangtze, soldados reforçavam os diques com sacos de areia. Quase 400 milhões de pessoas – um terço da população chinesa – vivem na bacia do Yangtze.
A China é cenário frequente de inundações a cada verão devido às fortes chuvas e ao derretimento das geleiras, nas montanhas do Himalaia.
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