Conecte Conosco

Notícias Recentes

Entenda a cúpula Trump e Putin sobre a Ucrânia

Publicado

em

Um “acordo de paz” em vez de um cessar-fogo na Ucrânia, sanções contra Moscou ignoradas… Estes são os principais resultados da cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin:

Nenhum cessar-fogo alcançado

A Ucrânia e os europeus esperavam que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, conseguisse um cessar-fogo com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cúpula realizada na quarta-feira, mais de três anos após a invasão russa na Ucrânia.

No entanto, isso não aconteceu. “Todos concordaram que a melhor maneira de encerrar esta terrível guerra entre Rússia e Ucrânia é por meio de um acordo de paz direto, que encerre o conflito, e não um simples cessar-fogo, que muitas vezes não é respeitado”, afirmou Trump em sua rede Truth Social ao retornar a Washington.

Esta decisão representa uma vitória para Putin, cujas forças têm conquistado avanços recentes no leste da Ucrânia.

Desde o início, o presidente russo exigiu um “acordo de paz” mais amplo, que, segundo ele, abordaria as causas profundas da guerra, incluindo o desejo da Ucrânia de se integrar à OTAN, aliança que Moscou vê como uma ameaça existencial.

Kiev informou que durante a noite de sexta-feira, no momento da cúpula no Alasca, o Exército russo lançou 85 drones e um míssil contra a Ucrânia. Já no sábado (16), o Exército russo anunciou a captura de duas localidades no leste ucraniano.

Pausa nas sanções americanas

Na sexta-feira, terminou o prazo dado pelos Estados Unidos para que a Rússia encerrasse a guerra, sob o risco da aplicação das chamadas sanções “secundárias”, direcionadas a países que comercializam com a Rússia, especialmente em petróleo e armas.

Donald Trump declarou, em resposta a uma pergunta da Fox News após a cúpula, que não considerava o uso dessas sanções naquele momento.

Trump dispõe de uma ferramenta legislativa que possibilita impor tarifas de até 500% a qualquer país que apoie militarmente a Rússia, conforme informou o senador republicano Lindsey Graham, um dos principais defensores da medida. O presidente afirmou estar analisando cuidadosamente essa possibilidade.

Entretanto, líderes europeus reafirmaram estar prontos para manter a pressão sobre a Rússia com sanções enquanto os ataques na Ucrânia continuarem.

Questões territoriais sem resolução

O maior receio da Ucrânia era um possível acordo em Anchorage que a obrigasse a ceder parte do seu território. Além da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, Moscou controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo quatro regiões no sul e no leste (Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia).

Tanto Putin quanto Trump não tocaram nesse assunto delicado em suas declarações públicas. Trump mencionou que restavam “muito poucas” questões a resolver, e que uma delas provavelmente era a mais importante.

Garantias de segurança

A Ucrânia, com o apoio de seus aliados europeus, exige garantias de segurança para o caso de um fim nas hostilidades, a fim de evitar uma nova invasão russa, o que Moscou rejeita firmemente.

Trump e Putin não discutiram diretamente essa questão em sua declaração final.

Porém, em conversas posteriores com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e líderes europeus, Trump mencionou uma garantia de segurança parecida com o Artigo 5 da OTAN para Kiev, porém fora do contexto da aliança, conforme fontes ucranianas próximas ao tema.

Países europeus, como França e Reino Unido, mostraram disposição de contribuir com forças estacionadas na Ucrânia, mas não na linha de frente do combate.

Possível reunião tripartite

Trump confirmou que receberá Zelensky na Casa Branca na segunda-feira. “Se tudo correr bem, agendaremos um encontro com o presidente Putin“, acrescentou. Anteriormente, destacou que o acordo para encerrar o conflito dependeria diretamente do presidente da Ucrânia.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados