Brasil
Escolas de SP voltam às aulas com mais matemática e português; educação financeira é novidade
Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) 3 milhões de alunos volta às aulas hoje
Anunciadas em julho do ano passado pela administração estadual, as mudanças no currículo escolar paulista atingem os estudantes dos anos finais do ensino fundamental 2 (6º a 9º ano) e das três séries do ensino médio. O currículo do fundamental 1 não foi alterado.
Novas disciplinas e mais português e matemática
A Seduc-SP reduziu o total de itinerários formativos e inseriu novas disciplinas na grade escolar. As novas matérias serão Educação Financeira, Projeto de Vida, Redação e Leitura e Aceleração para Vestibular. Os estudantes do ensino fundamental 2 também terão duas aulas semanais de tecnologia e inovação ao invés de uma. A secretaria ainda criou a disciplina de orientação de estudos.
A grade, que tinha 12 itinerários formativos em 2023, terá três opções de aprofundamento a partir deste ano: Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática, Linguagens e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Os itinerários são escolhidos pelos alunos do primeiro ano do ensino médio, sendo que o aprofundamento é cursado durante a 2ª e 3ª séries.
Além das novidades, o número de aulas de língua portuguesa será ampliado em 60%, enquanto o de matemática terá um aumento de 70% para alunos do ensino médio. Os estudantes terão ainda mais aulas de física, geografia e história.
Para criar espaço na carga horária, o governo de São Paulo acabou com as matérias eletivas, que eram criadas pelas escolas, além de reduzir o número de aulas de artes, filosofia, sociologia e de tecnologia e robótica.
O cenário muda apenas para os estudantes que escolherem pelo itinerário de Linguagens/Ciências Humanas, que terão mais aulas de artes, filosofia e sociologia, assim como os que escolheres por Exatas/Ciências da Natureza terão mais aulas de tecnologia e robótica.
A nova grade prevê um aumento das matérias de formação básica, como português e matemática, de 1.800 para 2.400 horas (total dos três anos do curso). A mudança representa uma redução da carga horária dos itinerários, de 1.200 para 600 horas.
O desenho paulista é similar ao sugerido pelo governo federal no projeto do novo ensino médio, que está em discussão na Câmara dos Deputados.
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