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Escolas do DF querem autonomia para gerenciar pagamento de contas de água

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Secretaria de Educação deve concretizar mudança para favorecer economia nas faturas. Quem economizar poderá reinvestir recursos; quem aumentar gastos deverá remanejar verba.

Rollemberg apresenta plano de enfrentamento da crise hídrica (Foto: Graziele Frederico/G1)

Rollemberg apresenta plano de enfrentamento da crise hídrica (Foto: Graziele Frederico/G1)

A Secretaria de Educação do Distrito Federal deve decretar, nos próximos dias, a autonomia da gestão das contas de luz e água dos colégios públicos da capital. Segundo o secretário Júlio Gregório, os diretores irão receber a verba do segundo semestre do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) e, se conseguirem “enxugar” as faturas, não vão precisar devolver dinheiro.

Em contrapartida, quem gastar mais que a média não terá reforço, e precisará realocar recursos que estavam previstos para outros fins. A mudança foi apresentada nesta sexta-feira (10), após reunião do governo para discutir o enfrentamento da crise hídrica.

O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, informou ainda que os prédios públicos também passarão por maior fiscalização. Cada órgão teve que designar um funcionário como “responsável pelo hidrômetro”, o qual deverá exigir dos colegas uma redução no consumo. Segundo ele, as contas desses prédios serão analisadas pela Casa Civil.

“Creio que chegaremos até o final do ano sem o caos que algumas pessoas estão antevendo”, afirmou Sampaio.

Corumbá IV

O governador Rodrigo Rollemberg voltou a citar o sistema de Corumbá IV como alívio para a crise hídrica – a expectativa é de que a operação comece só no fim de 2018. Segundo ele, o governador de Goiás, Marconi Perillo, informou ter conseguido acordo com o Ministério Público para retomar as obras no estado.

O presidente da Associação de Engenharia Ambiental do DF, Marcos Montenegro, afirmou que apesar de considerar essa como uma obra necessária, “temos que considerar que essa água, quando chegar, custará muito mais caro, porque é a captação de um sistema que está longe daqui”. Ele defende que a captação prioritária para Brasília venha por meio das bacias do Descoberto, Santa Maria e Lago Paranoá.

Rollemberg informou que, com relação as obras de captação emergencial do Lago Paranoá, o Ministério da Integração Nacional está analisando o projeto e deverá dar um retorno em poucos dias.

A maioria das medidas citadas no projeto do governo são ações que já estão em andamento, como o incentivo aos agricultores para substituição da irrigação tradicional para o método do cotejamento ou a intensificação da fiscalização da Agefis em áreas de ocupação irregular.

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