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Centro-Oeste

Escuridão toma conta das quadras da Asa Norte e preocupa moradores

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Moradores das quadras finais da Asa Norte, conhecida como ponta norte, enfrentam problemas graves devido à ausência de iluminação pública em diversas ruas. A equipe do Metrópoles visitou alguns desses pontos e constatou a insegurança causada pela escuridão, que assusta quem vive ou precisa transitar por essas áreas.

O primeiro local mostrado foi o complexo viário Governador Roriz, situado logo após a Ponte do Bragueto. Neste local, vários postes permanecem apagados, deixando a via iluminada apenas pelos faróis dos veículos que passam.

Moradores afirmam que os postes estão desligados desde a inauguração da obra. Durante cerca de uma hora de observação, nenhum pedestre ou ciclista circulou pelo local, possivelmente por receio.

Nas quadras finais da Asa Norte, a falta de luz atrai pessoas em situação de rua, que por vezes aproveitam a escuridão para praticar furtos e assaltos. O prefeito da 416 Norte, Ronaldo Weigand, explicou que muitas reclamações foram registradas na Companhia Energética de Brasília (CEB), mas o problema persiste. Ele relata que, mesmo após recente conserto, a iluminação voltou a falhar após uma chuva.

Luís Felipe Ramos, morador há três anos, destaca que a frequência das interrupções na iluminação é constante e que, apesar de não ter sofrido diretamente com crimes, conhece relatos de ocorrências na região.

A segurança é uma preocupação constante, uma vez que a presença policial é insuficiente, especialmente à noite. Empresas contratadas para fazer rondas não conseguem suprir a demanda, enquanto usuários de drogas e moradores de rua se reúnem nas proximidades.

Na 216 Norte, a situação é similar. Mariana Rigo, residente há 42 anos, comentou sobre a sensação constante de vulnerabilidade provocada pela falta de iluminação e pelo comportamento de algumas pessoas em situação de rua, que chegam a intimidar os moradores.

O aumento do número de moradores em situação de rua nas áreas públicas e comerciais tem sido alvo de reclamações. Uma moradora anônima relatou situações constrangedoras e preocupantes em estabelecimentos locais.

Marivand Maia, síndico da 416, destacou que a ausência de policiamento agrava o problema da insegurança e dos atos de vandalismo, como furtos e destruição de propriedades dos prédios.

Além disso, o adolescente Rafael Augusto, de 14 anos, expôs seu temor ao transitar de bicicleta pelas ruas escuras da região, onde encontra olhares ameaçadores.

A Companhia Energética de Brasília comunicou que, além do roubo de cabos que prejudicam a iluminação, obras recentes contribuíram para os danos nos circuitos elétricos, mas que equipes vêm trabalhando para reparar os problemas.

O comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Michello, apontou uma redução nos índices de crimes desde o início de sua gestão e explicou que a Polícia Militar tem adotado medidas para melhorar a segurança na Asa Norte, principalmente por meio do incentivo à participação comunitária na Rede de Vizinhos Protegidos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal também atua fornecendo apoio e acompanhamento às pessoas em situação de rua, por meio de um plano integrado que oferece acolhimento e encaminhamentos para diferentes políticas públicas, como capacitação, emprego, saúde e habitação, buscando garantir proteção e oportunidades a essa população.

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