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Espanha quer explicar seus compromissos de defesa aos EUA

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A Espanha deseja esclarecer claramente ao governo dos Estados Unidos seus investimentos na área de defesa, afirmou nesta quarta-feira (15) o ministro da Economia, Carlos Cuerpo, em resposta às ameaças do presidente Donald Trump de impor tarifas punitivas a Madri.

“Acredito ser fundamental apresentar de forma clara qual é atualmente o compromisso da Espanha em aumentar os investimentos e gastos em segurança e defesa, para que nossa posição seja bem entendida”, comentou Cuerpo aos jornalistas durante um evento paralelo às reuniões do FMI e do Banco Mundial.

Com a posse de Trump, houve um reforço nas pressões para que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) elevem suas despesas com defesa para, no mínimo, 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Após longas negociações, todos os membros da Otan concordaram com o aumento, exceto a Espanha, que manteve esse índice em 2%, contrariando alguns parceiros.

“É o único país que não aumentou sua taxa para 5%”, afirmou Trump na terça-feira. “Acho que a Espanha deveria ser penalizada por isso”, acrescentou.

“Na verdade, estava considerando impor medidas comerciais, como tarifas”, ameaçou o presidente dos EUA.

Cuerpo assegurou que o governo espanhol não planeja medidas adicionais para apoiar suas empresas exportadoras diante da possível imposição dessas tarifas.

Os Estados Unidos respondem por cerca de 5% das exportações totais da Espanha, explicou o ministro durante o evento promovido pelo portal digital Semafor.

Enquanto os produtos europeus estão sujeitos a uma tarifa geral de 10%, exportações específicas como azeite, vinho, azeitonas e queijo podem ter taxas de até 25%.

Como integrante da União Europeia, a Espanha negociou em agosto um acordo geral sobre tarifas com os Estados Unidos, e pretende honrar esse pacto.

“Meu papel é fornecer informações verdadeiras sobre as ações da Espanha e reafirmar nosso empenho em continuar ampliando os investimentos em segurança e defesa”, disse o ministro, que confirmou uma reunião com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, durante a assembleia anual do FMI.

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