Esquerda do DF celebra prisão de Bolsonaro

Figuras políticas da esquerda no Distrito Federal (DF) comemoraram a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada pela Polícia Federal (PF) em Brasília na manhã do sábado, 22 de novembro.

Nas redes sociais, a deputada federal Érika Kokay (PT) e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass (PT), que pode se candidatar ao governo do DF, mencionaram o ex-presidente relacionando-o às mortes pela pandemia de covid-19.

“Pelo golpe que tentou silenciar o país. Pelas vidas perdidas com a pandemia. Pelas mães que sofreram sozinhas. Pelas mulheres ofendidas e pelo povo LGBTQIAPN+ ferido. Pelos negros atacados. Pelos povos indígenas ameaçados. Pelos pobres abandonados. A PRISÃO DE BOLSONARO É UM MARCO!”, declarou a deputada federal Érika Kokay (PT-DF).

Leandro Grass expressou pensamento semelhante: “Depois de 700 mil vidas perdidas com a covid-19, da negação dos resultados eleitorais, da orquestração de mortes de autoridades, da tentativa de golpe de Estado e da chantagem internacional com o aumento das tarifas, Jair Bolsonaro está detido”, afirmou. Ele também fez uma ironia sobre a data da prisão coincidir com o número usado por Bolsonaro na eleição: “Preso no dia 22”.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) afirmou que a prisão é um momento histórico. “Essas pessoas nunca desistem… Transformar um condomínio em comício e interferir em ação policial é inaceitável. A PF atuou no momento certo. A mensagem é clara: neste país, ninguém está acima da lei”, destacou.

Outro deputado distrital, Gabriel Magno (PT), comentou: “Um dia marcante para a democracia. Na manhã de hoje, Jair Bolsonaro foi preso por decisão preventiva da Polícia Federal e o STF. Em memória das centenas de milhares de brasileiros mortos durante a pandemia no governo genocida. Em memória das pessoas torturadas por criminosos apoiados pelo golpista. Em memória dos que perderam emprego e direitos, dos que enfrentam fome novamente, das florestas destruídas e dos povos atacados. Quem ameaça a democracia, organiza golpes e agride o Brasil não é patriota, é traidor da nação”, disse.

De acordo com o deputado distrital Fábio Felix (PSOL), a prisão preventiva ocorreu porque Bolsonaro planejava fugir do país. “É claro que a família Bolsonaro tinha um esquema para evitar que o condenado por tentativa de golpe cumpra sua sentença. Todos os envolvidos neste esquema criminoso devem ser responsabilizados. A impunidade não pode prevalecer!”, declarou.