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Esquerda na França está com dificuldade de se unir, diz líder socialista
Bloco conquistou maioria nas eleições parlamentares, mas ainda negocia formação de governo
Os partidos de esquerda da França ainda planejam formar um governo conjunto depois de terem emergido como o bloco mais forte no Parlamento em uma eleição antecipada, mas é improvável que qualquer pacto aconteça nesta semana, disse o chefe do Partido Socialista (PS) nesta segunda-feira (15).
“Nada acontecerá antes de 18 de julho”, disse Olivier Faure à televisão France 2, referindo-se à data em que a recém-eleita Assembleia Nacional deverá se reunir pela primeira vez.
A Nova Frente Popular (NPF), uma aliança montada às pressas que inclui socialistas e verdes, o partido comunista e o partido de extrema-esquerda e eurocético França Insubmissa (LFI), venceu as eleições parlamentares neste mês, mas não conseguiu a maioria.
“Levaremos nosso tempo, não se preocupem”, afirmou Faure.
Seus comentários, que vieram após uma semana de negociações infrutíferas dentro do bloco, marcaram uma mudança de tom.
Após a surpreendente vitória eleitoral em 7 de julho, Faure e outros líderes disseram que estavam preparados para formar um governo e que apresentariam um nome para o cargo de primeiro-ministro dentro de alguns dias. Entretanto, nenhum progresso foi feito desde então.
Na semana passada, o presidente Emmanuel Macron pediu aos principais partidos do Parlamento francês que formassem uma coalizão capaz de reunir uma maioria “sólida”, pressionando as partes mais moderadas da NFP a abandonar o LFI e se juntar aos centristas de Macron.
Mesmo que a esquerda consiga chegar a um acordo sobre um nome para apresentar como chefe de governo, ainda não está claro se Macron aceitaria nomear um primeiro-ministro de suas fileiras, já que qualquer governo desse tipo não teria cerca de 100 assentos no Parlamento para formar uma maioria estável,
Quem é Jean-Luc Mélenchon, integrante da nova coalizão na França?
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