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Estatais batem recorde de faturamento em 2024, mas lucro cai por causa da Petrobras

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As empresas estatais federais alcançaram em 2024 um faturamento histórico de R$ 1,3 trilhão, com ativos totais de R$ 6,7 trilhões, representando crescimentos anuais de 4,9% e 10,9%, respectivamente. Contudo, o lucro líquido do ano foi de R$ 116,6 bilhões, uma redução de 41% em relação ao ano anterior, influenciada principalmente pela queda nos ganhos da Petrobras. O governo federal ressaltou que, excluindo a Petrobras, o lucro subiu, atingindo R$ 79,6 bilhões, um aumento de 9,4% em comparação a 2023.

Esses dados foram divulgados no Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais de 2024, publicado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) em 22 de junho de 2025.

O documento também destaca que as estatais são responsáveis por mais de 440 mil empregos diretos, com participação de 5,4% no Produto Interno Bruto (PIB) e investimento totalizando R$ 96 bilhões.

No período analisado, as estatais distribuíram R$ 152,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, sendo R$ 72,1 bilhões (47%) destinados ao governo federal e R$ 80,4 bilhões (53%) para os demais acionistas.

Esther Dweck, ministra da Gestão, afirmou no relatório que “as empresas públicas fazem parte da estratégia de desenvolvimento sustentável de longo prazo do governo. No mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, continuaremos investindo no fortalecimento e modernização dessas empresas e aprimorando seus mecanismos de governança”.

A ministra salientou ainda o papel fundamental das estatais no crédito habitacional, agrícola, além do apoio a pequenas e médias empresas e microempreendedores.

O MGI explicou que déficits primários podem indicar notícias positivas. O Banco Central avalia periodicamente os resultados primários de 20 estatais não dependentes, excluindo Petrobras e empresas financeiras. Segundo o BC, essas estatais tiveram lucro operacional de R$ 1,7 bilhão em 2024, enquanto 11 delas apresentaram déficit primário somando R$ 6,7 bilhões.

Entre as 11 estatais com déficit, somente duas tiveram prejuízo: Correios e Infraero. As demais apresentaram combinações de déficit e lucro devido a investimentos de recursos acumulados ou superávits e lucros, segundo a Pasta da Gestão.

O ministério ressaltou que essa aparente contradição evidencia a diferença entre as metodologias de cálculo de déficit e superávit (resultado primário) e prejuízo e lucro (resultado operacional).

Além disso, o relatório frisou que, sob a perspectiva do Estado como investidor, para cada real investido pelo orçamento federal nas estatais, retornaram aos cofres públicos R$ 2,51 em forma de dividendos e juros sobre capital próprio, demonstrando saúde financeira e contribuição significativa para a economia nacional.

As informações foram obtidas do Sistema de Informações das Estatais (Siest) em junho de 2025, com ajustes realizados com base em relatórios e demonstrações financeiras das próprias empresas.

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