Centro-Oeste
Estudantes da rede pública do DF viajam para o Reino Unido

A emoção, a ansiedade e a alegria marcaram a partida dos estudantes da rede pública do Distrito Federal que embarcaram para o Reino Unido na última quinta-feira (4/9). Os pais, presentes na despedida no Aeroporto Internacional de Brasília, também compartilharam esses sentimentos.
Um total de 102 jovens receberam a chance de estudar fora do Brasil por três meses, com todos os custos cobertos pelo programa Pontes para o Mundo.
Animado para conhecer a cultura da Escócia, Jordan Cardoso, 16 anos, do Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, em Planaltina, destacou a importância dos professores: “Eles me acompanharam durante todo o período escolar, ajudando na preparação para a prova do processo seletivo. São um dos motivos para eu estar aqui hoje.”
Hugo Teixera, 17 anos, do Elefante Branco, na Asa Sul, comentou que a viagem era um sonho antigo: “Estou realizando um sonho. Vou com o coração aberto para aprender coisas novas e levar esse conhecimento para meus colegas de Brasília.”
A professora Daniela Souza, 48 anos, mãe da aluna Lavinia Vieira, 16, do Centro de Ensino Médio Integrado (Cemi), no Gama, ressaltou a importância da valorização da escola pública para o desenvolvimento dos jovens: “Sem a escola pública e os professores, minha filha não teria essa oportunidade, por isso é essencial reconhecer o valor da rede pública do DF.”
Os estudantes foram organizados em grupos e viajarão para diferentes países do Reino Unido. A duração do intercâmbio é de três meses, com retorno previsto para 4 de dezembro.
O aeroporto de Brasília foi palco da despedida nesta manhã, onde os estudantes foram recebidos com apoio psicológico e uma bolsa mensal de 300 libras.
A seleção para o programa contou com cerca de 300 participantes e foi feita por meio de um processo seletivo rigoroso.
Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do Distrito Federal, explicou que os estudantes terão suporte completo, incluindo alimentação, passagens, passaporte e material para estudo para as provas do PAS e vestibular da UnB.
O Governo do Distrito Federal planeja expandir o programa, tornando-o anual e incluindo destinos como França, Alemanha, Espanha e Japão. Em 2026, serão oferecidas 400 vagas.
“Este programa transforma vidas, especialmente de alunos da periferia que nunca teriam a chance de fazer intercâmbio. Ele abre novas perspectivas para o futuro deles”, afirmou Hélvia.
Além disso, os estudantes que concluírem o curso de inglês poderão fazer o TOEFL, exame que certifica fluência e aumenta oportunidades no mercado de trabalho.
A seleção exigia que os candidatos fossem alunos da rede pública desde o primeiro ano do ensino médio, tivessem conhecimento da língua inglesa, tivessem no mínimo 16 anos na data da inscrição e não ultrapassassem 18 anos até o retorno ao Brasil.

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