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Estudantes da UnB adiam votação sobre paralisação para maio
Os estudantes da UnB decidiram adiar a votação pela greve para 2 de maio. Até lá, ficou decidido, em assembleia, que cada Centro Acadêmico se reúna e formule propostas para apresentar na data. Mais cedo, os servidores e terceirizados da universidade começaram paralisação por tempo indeterminado em resposta às demissões promovidas pela gestão.
Na assembleia (veja o vídeo abaixo), 98 estudantes votaram para iniciar o movimento a partir desta terça-feira (24), mas outros 154 optaram por adiar para o próximo mês. A ideia é endossar as reivindicações por mais verbas e contra cortes de pessoal junto à reitoria, que está ocupada há cerca de uma semana, e ao Ministério da Educação (MEC), que alega ter aumentado o orçamento da instituição para 2018.
Manifestações de alunos, servidores e professores acontecem desde 10 de abril, quando houve conflito com a Polícia Militar em frente ao prédio do MEC e ocupação da sede do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No último dia 17, os estudantes já haviam confiscado materiais de limpeza, em ato simbólico contra as demissões de 241 funcionários. Na época, o indicativo de greve já havia sido aprovado. A reitoria também foi invadida nesse meio tempo.
A universidade alega um déficit de R$ 92,3 milhões para este ano. Conforme o MEC, no entanto, a UnB contou com um aumento de 2% no orçamento para 2018: R$ 1,7 bilhão contra R$ 1,66 bilhão em 2017. Há dois anos, a instituição contava com R$ 1,65 bilhão. A maior parte (84,9%) foi para o pagamento de pessoal e encargos enquanto apenas R$ 28 milhões foram destinados a investimentos.
A saída
No início do mês, a assessoria da UnB afirmou que havia duas formas para enfrentar o cenário deficitário: vias para aumentar a receita ou redução das despesas. “Em relação ao primeiro aspecto, espera-se atingir um incremento de receita da ordem de R$ 50,8 milhões, incluindo eventuais remanejamentos orçamentários”, apontou a Secretaria de Comunicação.
Para a chegar a uma estabilidade, a universidade espera reduzir a receita em R$ 39,8 milhões. “Nesse sentido, estão sendo efetuados ajustes em contratos de prestação de serviços; rediscussão da política de subsídios ao Restaurante Universitário e descentralização da gestão dos contratos de estágio – atualmente, eles são mantidos pela administração, e passarão a ser geridos pelas unidades acadêmicas”, completou, em nota.
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