Estudantes de 15 escolas públicas do Distrito Federal organizaram um protesto na Esplanada dos Ministérios na manhã desta sexta-feira (7) contra a reforma do ensino proposta pelo governo. Com faixas e cartazes, eles ocuparam o gramado em frente ao Congresso Nacional.
Os manifestantes – 800, segundo os organizadores, 200, de acordo com a PM – chegaram a fechar as seis faixas da Esplanada na altura do Congresso e seguiram depois para a entrada do Ministério da Educação. Às 11h20, eles pediam uma reunião com um representante da pasta para manifestarem contra as propostas.
Os estudantes dizem que fizeram uma lista de reivindicações para a Secretaria de Educação do Distrito Federal na qual relatam problemas de infraestrutura em escolas de diversas regiões administrativas do DF, como falta de quadro negro, ventilador e até merenda. De acordo com eles uma escola, o Centro de Ensino Fundamental 5, no Paranoá, ficou cem dias sem merenda.
A Secretaria de Educação do DF informou que não recebeu os e-mails com as reivindicações dos estudantes e também não foi procurada por grêmios estudantis. “No entanto, caso seja procurada, está à disposição para atender os alunos e dialogar”, disse a pasta.
Em relação ao Centro de Ensino Fundamental 5 do Paranoá, a secretaria disse que a merenda ofertada possui um cardápio variado com carne, frango, macarrão, leite, pão, biscoito, legumes e frutas.
A estudante do segundo ano do ensino médio Lidiane Matos considera a reforma um “desrespeito”. “Não consultaram a gente, não perguntaram a nossa opinião. Como podem esperar que a gente fique calado?”
“Essa reforma [da educação] é feita por gabinete, feita de cima pra baixo. Se essa reforma é tão boa, por que não perguntaram pra gente? Estamos sem informação”, disse Joyce Reis, estudante do terceiro ano do ensino médio e uma das organizadoras do ato.
Os estudantes também se manifestavam contra a PEC 241, que propõe teto de gastos da União nos próximos 20 anos. “Esse congelamento vai impedir que o dinheiro vá para a educação, e educação não é gasto, é investimento. Como você pode não investir em algo que vai trazer benefícios para o país?”, indaga Joyce.
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