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Economia

EUA acompanham uso do Pix desde 2022

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Desde 2022, as autoridades dos Estados Unidos acompanham atentamente o Pix, sistema brasileiro de pagamentos instantâneos.

Há três anos, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) já expressava preocupação com a expansão do Pix, utilizado desde novembro de 2020 no Brasil.

O USTR destacou em seu relatório anual a importância de garantir condições justas para todos no mercado de pagamentos eletrônicos brasileiro, especialmente considerando que o Banco Central do Brasil atua tanto como regulador quanto como operador do Pix.

Nesse relatório, o USTR identificou possíveis barreiras comerciais que poderiam impactar o comércio e os investimentos entre os EUA e várias nações, incluindo o Brasil.

Este foi o primeiro documento oficial a mencionar especificamente o Pix, embora relatórios posteriores também tenham abordado o sistema financeiro brasileiro.

O USTR, órgão federal ligado à presidência americana responsável pelo comércio internacional, revelou que abriu uma investigação sobre as práticas comerciais brasileiras, incluindo o incentivo estatal ao uso do Pix.

Conforme o líder do órgão, Jamieson Greer, o presidente Donald Trump solicitou essa apuração devido a preocupações com práticas que poderiam afetar empresas americanas, trabalhadores, agricultores e inovações tecnológicas.

Concorrência no mercado

Especialistas indicam que a preocupação dos EUA pode estar relacionada à competição do Pix com cartões de crédito tradicionais e o serviço WhatsApp Pay.

O Pix, público e gratuito, tornou-se uma alternativa popular, movimentando impressionantes R$ 26,4 trilhões só em 2022, de acordo com o Banco Central do Brasil.

Cristina Helena Mello, economista da PUC-SP, comenta que o Pix trouxe benefícios como rapidez, inclusão financeira e incentivo à concorrência saudável.

Um ponto de atenção foi a competição entre o Pix e o WhatsApp Pay, lançado em junho de 2020 pela Meta, empresa do empresário Mark Zuckerberg, aliado de Trump. O Banco Central e o Cade suspenderam temporariamente o serviço para avaliar riscos regulatórios e de concorrência.

Cristina Helena explica que o WhatsApp estava operando fora das normas do sistema financeiro brasileiro, o que motivou a intervenção do Banco Central para proteger a regulamentação local.

Até o momento, o Banco Central e o Ministério das Relações Exteriores não se manifestaram sobre a investigação do USTR sobre o Pix e o setor financeiro brasileiro.

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