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EUA alertam grávidas sobre viagens para ter filho e obter cidadania

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A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou nesta quinta-feira, 14, através de um vídeo em sua conta no X (antigo Twitter), que mulheres que tentarem entrar no país com a intenção de dar à luz terão o visto recusado.

Este aviso surge em um contexto de diversas ações do governo do presidente Donald Trump contra o Brasil, incluindo aumento de tarifas de exportação e suspensão de vistos para autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal e membros do programa Mais Médicos, entre outros.

O comunicado enfatiza: “Viajar para os EUA com o principal objetivo de dar à luz para que seu filho obtenha cidadania americana não é permitido. Oficiais consulares irão recusar o pedido de visto se houver suspeita dessa intenção”.

De acordo com o Estadão, brasileiras chegam a gastar mais de R$ 200 mil para ter um bebê nos Estados Unidos, incluindo custos elevados com cesárea, hospedagem, alimentação e transporte durante cerca de dois meses.

Profissionais médicos brasileiros residentes nos EUA criaram serviços focados em cuidar de gestantes estrangeiras. Entre as viajantes brasileiras estão políticas, empresárias e até celebridades, como as cantoras Claudia Leitte e Ludmilla.

Entretanto, dar à luz no exterior pode apresentar desafios. Uma gestante, que preferiu não se identificar, compartilhou que sua conta hospitalar em Orlando subiu de R$ 30 mil para R$ 117 mil após seu filho necessitar de cuidados extras que ultrapassaram o período contratado.

Existem também diferenças nos procedimentos médicos, como cesáreas com cortes maiores e localizações diferentes, prática comum nos Estados Unidos, além do uso de grampos para fechar a incisão, diferentemente da técnica adotada por médicos latino-americanos.

Além disso, barreiras linguísticas complicam o entendimento durante atendimentos, mesmo para quem domina o inglês, devido ao vocabulário técnico utilizado.

Para garantir a cidadania brasileira da criança, é necessário registrá-la na Embaixada ou em um dos consulados brasileiros nos EUA. As legislações dos dois países permitem dupla nacionalidade sem a necessidade de renúncia.

Desde sua campanha eleitoral, Donald Trump tem defendido o fim da cidadania automática concedida a filhos de estrangeiros, com o objetivo de restringir a imigração.

Críticos desta prática alegam que ela pode sobrecarregar o sistema de saúde e incentivar a atuação de profissionais não autorizados a exercer medicina nos Estados Unidos.

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