Economia
EUA anunciam tarifas devido a déficit com UE e problemas com drogas no México

As cartas enviadas aos líderes do México e da União Europeia comunicando a imposição de tarifas de 30%, a partir de agosto, destacam a longa relação com os Estados Unidos e apresentam razões diferentes para justificar essas taxas adicionais. Para os europeus, o motivo é o “longo e persistente déficit” comercial com os EUA, enquanto para o México, o argumento é a falha do país em controlar os cartéis de drogas.
“Decidimos que é necessário reduzir esses déficits comerciais duradouros, significativos e persistentes, causados por políticas tarifárias e não tarifárias e barreiras comerciais. Nossos relacionamentos têm sido, infelizmente, nada recíprocos”, diz o documento enviado à União Europeia, divulgado nas redes sociais no sábado de manhã.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mencionou novamente a questão das drogas na carta para o México. O documento lembra que as tarifas foram inicialmente aplicadas para enfrentar a crise do fentanil nos EUA.
“O México tem colaborado para proteger a fronteira, mas os esforços não são suficientes. O México ainda não conseguiu impedir que os cartéis de drogas transformem toda a América do Norte num palco de narcotráfico”, afirma o texto.
Esses argumentos têm sido utilizados pelo governo americano para justificar a nova rodada de tarifas. Na carta que comunicou a taxa de 50% ao Brasil, também foi mencionado um déficit comercial, mesmo com os EUA apresentando superávit com o Brasil.
A justificativa relacionada às drogas também foi usada para impor a tarifa de 35% ao Canadá na quinta-feira. No documento enviado ao primeiro-ministro Mark Carney, Trump afirmou que a medida se baseia no fracasso do Canadá em impedir a entrada de drogas nos EUA, além de destacar que o país, em vez de cooperar, respondeu com tarifas retaliatórias.

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