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EUA aprovam lei de defesa que reforça apoio à Europa

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O Congresso dos Estados Unidos aprovou, nesta quarta-feira (17), uma estratégia de defesa para 2026 que demonstra amplo consenso bipartidário em apoio à Europa, diferenciando-se da postura cada vez mais crítica do presidente Donald Trump contra seus aliados no continente europeu e na Otan.

A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) estabelece, anualmente, as prioridades de defesa que os EUA devem seguir no ano seguinte, segundo os legisladores.

Depois de ser aprovada na Câmara dos Representantes na semana passada, a versão para 2026 recebeu a aprovação do Senado por 77 votos a 20 e agora seguirá para sanção presidencial.

O documento, com mais de 3 mil páginas, sugere um orçamento anual total que ultrapassa 900 bilhões de dólares (equivalente a 4,96 trilhões de reais, conforme a cotação atual), um incremento de aproximadamente 8 bilhões de dólares (44 bilhões de reais) em relação ao ano anterior, refletindo o compromisso firme do Congresso com as prioridades de defesa.

O Pentágono, sob a liderança do secretário Pete Hegseth, busca focar a estratégia de defesa americana na região das Américas, realizando diversas operações no Caribe e no Pacífico contra embarcações ligadas ao narcotráfico, em meio a tensões crescentes com a Venezuela.

Entretanto, a iniciativa do Congresso assegura a manutenção da presença militar dos EUA na Europa.

O texto da lei proíbe que o contingente militar no solo europeu fique abaixo de 76 mil soldados por mais de 45 dias, restringe a retirada de grandes equipamentos militares e fortalece os apoios financeiros destinados aos países da Otan, especialmente na região do Báltico.

A NDAA também destina 400 milhões de dólares (2,2 bilhões de reais) para assistência à segurança da Ucrânia, além de estabelecer limites para qualquer redução no efetivo de 28.500 militares americanos na Coreia do Sul.

John Thune, líder da maioria republicana no Senado, destacou outras iniciativas previstas, como a construção de mais navios militares para diminuir a desvantagem frente à China, a criação do “Domo Dourado”, um escudo antimísseis desejado por Trump, e um aumento de 3,8% no salário dos militares.

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