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EUA consideram auxílio financeiro para Argentina de Milei, aliado de Trump

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O Tesouro dos Estados Unidos afirmou nesta segunda-feira (22) que está disposto a fazer todo o necessário para apoiar a economia argentina, enquanto o presidente Javier Milei trabalha para estabilizar os mercados financeiros frente a dificuldades políticas recentes.

Javier Milei, um aliado do presidente americano Donald Trump, enfrenta a desvalorização do peso argentino e já precisou utilizar as reservas cambiais do país após derrotas eleitorais significativas na província de Buenos Aires e no Congresso.

O presidente argentino, que revelou estar negociando um empréstimo com o Tesouro americano, tem uma reunião agendada para terça-feira com Donald Trump e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Scott Bessent declarou à rede X que os Estados Unidos estão prontos para tomar todas as medidas necessárias para ajudar a Argentina, incluindo possíveis linhas de intercâmbio, compras diretas de divisas e aquisição de títulos da dívida governamental denominados em dólares americanos.

Milei expressou gratidão a Trump e Bessent pelo apoio incondicional ao povo argentino.

Sobre o valor do possível empréstimo, o chanceler argentino, Gerardo Werthein, destacou que especulações sobre cifras elevadas, como 30 bilhões de dólares, são incorretas, ressaltando que o montante negociado será mais modesto.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, elogiou as iniciativas do secretário do Tesouro americano na promoção de políticas que favorecem a estabilização e o crescimento no país.

Em abril, a Argentina firmou um acordo com o FMI no valor de 20 bilhões de dólares. O país é atualmente o maior devedor da organização, tendo recebido em 2018 um aporte de 56 bilhões de dólares.

Sede por dólares

Para conter a crise cambial, Milei eliminou temporariamente os impostos sobre as exportações de grãos e carnes bovina e de frango, buscando aumentar a oferta de dólares no mercado, conforme explicou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, na rede X.

A Argentina, importante produtora mundial de alimentos, espera que essa medida estimule os agricultores a realizar vendas antes das eleições legislativas nacionais agendadas para 26 de outubro. A suspensão dos impostos segue válida até o final de outubro, segundo decreto oficial.

Os anúncios contribuíram para alguma estabilidade no câmbio, com o peso fechando nesta segunda a 1.430 por dólar, uma queda de 5,9% em relação à última sexta.

Apesar das sanções políticas recentes, incluindo um revés eleitoral significativo e encerramento de vetos presidenciais para aumento de recursos em assistência à deficiência, saúde e educação, o governo enfrenta desafios para a aprovação de sua agenda fiscal.

Desvalorização do peso

O cenário político instável provocou forte desvalorização do peso, queda nos títulos e ações argentinas. Na última semana, o Banco Central vendeu mais de 1 bilhão de dólares para conter a queda, elevando o índice de risco país a níveis preocupantes.

Anteriormente, o governo já havia reduzido impostos sobre exportações, incluindo soja, com o intuito de incentivar a liquidação das vendas externas.

Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), manifestou insatisfação com a natureza temporária das medidas e sugeriu que a retenção zero nas exportações seja adotada permanentemente para assegurar melhores condições ao setor agropecuário.

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