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EUA criticam condenação de Bolsonaro como perseguição de Moraes

Os Estados Unidos manifestaram-se novamente sobre a decisão tomada na quinta-feira, 11, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investigava uma tentativa de golpe de Estado. No X, o subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, declarou que a condenação representa “um capítulo a mais na série de perseguição e censura” promovida pelo ministro Alexandre de Moraes.
A mensagem postada por Beattie, repetida também pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, acusa Moraes de ser um “infrator de direitos humanos sancionado, que tem como alvo Bolsonaro e seus aliados”.
O subsecretário finaliza dizendo que seu país encara essa situação preocupante “com a máxima seriedade”.
Em 30 de julho, Moraes foi alvo de sanções pelo Tesouro dos Estados Unidos com base na Lei Global Magnitsky, ferramenta que permite imposição de bloqueios financeiros contra indivíduos envolvidos em corrupção grave ou violações significativas dos direitos humanos.
Na quinta-feira, o ex-presidente norte-americano Donald Trump qualificou a condenação de Bolsonaro como “uma decisão terrível” e demonstrou forte descontentamento com o julgamento, afirmando para jornalistas que “isso é muito ruim para o Brasil”.
Trump elogiou o ex-presidente em duas ocasiões, descrevendo-o como um homem íntegro e um líder notável.
Indagado sobre possíveis sanções adicionais contra o Brasil, o presidente não deu resposta.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou que os EUA responderão de forma adequada a essa “caça às bruxas”, frisando que as perseguições políticas promovidas pelo “infrator de direitos humanos sancionado Moraes continuam, já que ele e outros membros do Supremo supostamente decidiram prender Bolsonaro injustamente”.
Outro representante, o subsecretário de Estado, Christopher Landau, afirmou que a relação entre Brasil e os Estados Unidos alcançou “o momento mais difícil em duzentos anos” após a condenação. Ele comentou em sua conta no X que não enxerga solução para a crise enquanto o futuro das relações bilaterais estiver sob controle do ministro Moraes.

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