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EUA decidem plano de defesa para 2026
Os parlamentares dos Estados Unidos estavam se preparando para votar nesta quarta-feira (10) o plano nacional de defesa para o ano de 2026, que inclui medidas para continuar apoiando a segurança na Europa, contrariando recentes indicações do presidente Donald Trump.
A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA), aprovada anualmente pelo Congresso, estabelece as prioridades do país em matéria de defesa para o próximo ano, conforme informado pelos legisladores.
A versão para 2026, que possui mais de 3.000 páginas, sugere um orçamento total superior a 900 bilhões de dólares, um aumento de 5 bilhões de dólares em relação ao ano anterior.
Segundo Mike Johnson, líder da Câmara dos Representantes e republicano, o texto possibilita cumprir a promessa de Trump de garantir “paz pela força”.
Suporte à Ucrânia
Em sua conta na rede social X, Johnson destacou um aumento de quase 4% nos salários dos militares, maior presença das tropas para combater a imigração na fronteira com o México, reforço das defesas antimísseis e ampliação da capacidade espacial para enfrentar a China e a Rússia.
No entanto, ele não mencionou partes do texto menos aceitas por alguns republicanos, como o apoio à Ucrânia.
A NDAA para 2026 destina cerca de 400 milhões de dólares para a compra de equipamentos militares americanos para Kiev, com a intenção de apoiar o combate à invasão russa.
Sob a direção do secretário Pete Hegseth, o Pentágono tenta reorientar a estratégia de defesa dos EUA para focar na América Latina, incluindo ações no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas, em meio a tensões crescentes com a Venezuela.
O projeto de lei também assegura a manutenção da presença militar americana na Europa. Ele impede que o Pentágono reduza o efetivo de soldados americanos no continente para menos de 76.000 sem uma justificativa formal ao Congresso.
Diante da desconfiança em relação aos aliados tradicionais, a NDAA de 2026 representa uma posição de congressistas republicanos e democratas que desejam reafirmar a aliança militar do Atlântico Norte, embora alguns republicanos isolacionistas se oponham ao texto.
A congressista de direita radical, Marjorie Taylor Greene, criticou no X o financiamento de ajuda externa e guerras, afirmando que isso prejudica os interesses dos Estados Unidos, e anunciou voto contra a NDAA.
Apesar das críticas, a aprovação do projeto é esperada na Câmara dos Representantes. Se aprovado, seguirá para o Senado, onde a expectativa é que seja sancionado até o final do ano.


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