EUA e aliados pedem pausa no Sudão para evitar fome

Estados Unidos e outras nações importantes, como os Emirados Árabes Unidos, lançaram um apelo conjunto nesta quarta-feira (20) às partes em conflito no Sudão para que aceitem uma pausa nos combates e autorizem a entrada de ajuda humanitária, em meio ao agravamento da crise alimentar.

Em um comunicado, os países expressaram profunda preocupação com a crescente situação humanitária no Sudão, destacando o aumento de pessoas com desnutrição grave e fome, além das barreiras que impedem ou atrasam a entrega de auxílio em regiões essenciais.

A situação é especialmente crítica nas regiões de Darfur do Norte e Kordofan.

Os países pedem que ambas as partes permitam pausas humanitárias que facilitem o transporte de suprimentos vitais para essas áreas e que suavizem os obstáculos para que civis possam se deslocar com segurança.

Além disso, reforçaram a necessidade urgente de que o Direito Internacional Humanitário seja plenamente respeitado.

Desde abril de 2023, o Sudão tem sido devastado pelo conflito entre o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), provocando fome extrema para cerca de 25 milhões de pessoas e interrompendo o acesso a ajuda essencial, de acordo com as Nações Unidas.

Os Emirados Árabes Unidos enfrentam acusações de fornecer apoio militar às FAR, incluindo a passagem de armas, e recentemente o Sudão os acusou de contratar mercenários colombianos para lutarem ao lado das FAR contra o Exército.

Esta declaração, divulgada nesta quarta-feira, também conta com a assinatura do Egito, Arábia Saudita, Suíça, União Africana e das Nações Unidas, que atuam em conjunto na diplomacia para buscar uma solução para a crise no país africano.

O pedido para o Sudão aparece em um momento em que os EUA enfrentam fortes críticas devido ao seu apoio à ofensiva israelense em Gaza, que gerou uma grave crise humanitária.