EUA eliminam tarifas sobre exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel

A Ordem Executiva nº 14.346, lançada pelo governo dos Estados Unidos no dia 5, removeu as tarifas adicionais sobre a maior parte das exportações brasileiras de celulose e ferro-níquel destinadas ao mercado americano. Isso significa que não serão aplicadas as tarifas de 10%, anunciadas em abril, nem as sobretaxas de 40%, impostas em 30 de julho.

Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 1,84 bilhão desses produtos para os EUA, correspondendo a 4,6% do total exportado ao país. A celulose, especialmente as pastas químicas de madeira não conífera e conífera, destacou-se com um valor de US$ 1,55 bilhão.

Com essa nova exclusão, 25,1% do total das exportações brasileiras para os EUA estão agora isentas das tarifas adicionais de 10% e 40% aplicadas pelo governo americano.

“O governo permanece dedicado a reduzir os impostos dos EUA sobre os produtos brasileiros. A recente ordem executiva é um avanço importante, sobretudo para o setor de celulose no Brasil. No entanto, ainda há muito por fazer, e continuamos trabalhando nisso”, declarou o vice-presidente e Ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

Dados do ministério, em 11 de junho, indicam que, do total de US$ 40 bilhões exportados do Brasil para os Estados Unidos, 34,9% (US$ 14,1 bilhões) estão sujeitos às tarifas adicionais de 10% e 40%, somando 50%; 16,7% (US$ 6,8 bilhões) têm tarifa de 10%; 25,1% (US$ 10,1 bilhões) encontram-se isentos de tarifas adicionais; e 23,3% (US$ 9,4 bilhões) estão sujeitos a tarifas específicas aplicadas a todos os países.