Economia
EUA erram ao tarifar produtos do Brasil, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os Estados Unidos começam a perceber que a decisão de aplicar taxas extras sobre produtos brasileiros foi um erro. Ele participou do Congresso de Direito Tributário do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), ao lado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
Haddad comentou que em maio conversou com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, e destacou que era a primeira vez que uma região com déficit comercial na relação com os EUA (a América do Sul) estava sendo tarifada, com impostos iniciais de 10% aplicados pelo governo americano.
Dois meses depois, a ideia de aumentar as taxas para 40% sobre produtos brasileiros foi tomada, e agora os americanos sentem o impacto dessa decisão, com preços mais altos para itens como café e carne.
Haddad criticou a decisão, dizendo que foi equivocada tanto politicamente quanto economicamente, e que não se sustenta.
Ele também mencionou o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente Donald Trump, durante a abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), e destacou que parece haver uma nova disposição para conversar sobre temas importantes, como integração econômica, investimentos e parcerias.
O ministro ressaltou que a reforma tributária no Brasil aconteceu em um momento adequado, pouco antes do aumento das tarifas americanas, sugerindo que o país estava se preparando para enfrentar desafios globais.
Além disso, destacou que o Brasil mantém boas relações com a Ásia, está próximo de um importante acordo com a União Europeia e o Mercosul, além de retomar o diálogo com países africanos.
Por fim, Haddad lamentou a interrupção de discussões estratégicas entre Brasil e Estados Unidos sobre transformação ecológica, mas acredita que esforços brasileiros podem promover uma maior aproximação entre os dois países.

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