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EUA esperam garantir fluxo de ímãs de terras raras da China e veem acordo próximo, diz Bessent
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, negou uma notícia do The Wall Street Journal que sugeria um bloqueio da China na exportação de ímãs de terras raras para empresas americanas do setor de defesa.
De acordo com ele, o acordo inicial entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, durante uma reunião em outubro na Coreia do Sul, garante a retomada do fornecimento como era antes das restrições impostas pela China em abril.
O acordo ainda não foi oficialmente assinado, mas está previsto para ser concluído até o feriado do Dia de Ação de Graças, em 27 de novembro.
Bessent declarou ao programa Sunday Morning Futures da Fox News no último domingo, 16, que “a reportagem não reflete com precisão a situação. Ainda não finalizamos o acordo, mas esperamos fechá-lo até o Dia de Ação de Graças”.
Ele manifestou confiança de que a China cumprirá o compromisso feito com os EUA. “Xi Jinping tem grande respeito pelo presidente Trump“, afirmou.
Os termos do acordo preveem um período de um ano de livre comércio de terras raras, sem as exigências adicionais de licenças que a China havia imposto em resposta às tarifas americanas.
Bessent também mencionou que, caso a China não cumpra o acordo, os EUA têm diversas medidas de retaliação à disposição. Questionado sobre a possibilidade de excluir empresas chinesas das bolsas americanas, respondeu que “todas as opções estão sobre a mesa”.
Além das terras raras, o acordo inclui a retomada pela China da compra de soja dos EUA. O país asiático já reiniciou as aquisições e concordou em comprar 12 milhões de toneladas até o final de 2025, além de 25 milhões de toneladas por ano entre 2026 e 2028, totalizando 87 milhões de toneladas. “Eles já iniciaram as compras”, disse Bessent.
Ele criticou a interrupção anterior das exportações durante a disputa tarifária, afirmando: “Foi lamentável que nossos grandes produtores de soja tenham sido usados como peões, mas acreditamos que esse conflito foi resolvido”.
Ele também mencionou que os preços da soja subiram após a reunião entre Trump e Xi.
A China é líder na mineração e processamento de terras raras, que são essenciais para a fabricação de componentes eletrônicos, ímãs industriais, motores de veículos elétricos e equipamentos militares.
Essa dependência dos Estados Unidos sobre a cadeia de suprimentos chinesa torna o acordo muito importante para Washington.

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