Economia
EUA hostilizam Brasil para favorecer extrema-direita, afirma Haddad

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, comentou neste sábado (23) sobre as mensagens exibidas no relatório da Polícia Federal que levaram ao novo indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sem mencionar diretamente Bolsonaro ou a investigação, Haddad associou as medidas tarifárias adotadas pelo presidente americano Donald Trump contra o Brasil a uma tentativa de proteger grupos da extrema-direita no país.
“Pelas mensagens trocadas, é claro que o único objetivo é proteger os golpistas, não há outra razão para essa hostilidade, senão reabilitar a extrema-direita brasileira”, declarou o ministro durante sua participação por vídeo em um evento do PT sobre política nacional e internacional, em Brasília.
Haddad enfatizou a importância da defesa da soberania nacional, afirmando que o Brasil deve manter a parceria com os Estados Unidos, porém não aceitando condições prejudiciais. Ele também ressaltou que os áudios mencionados fazem parte da investigação que resultou no indiciamento de Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de enfraquecimento do Estado Democrático de Direito.
“O Brasil não pode ser tratado como quintal de outras nações. Temos tamanho, força e relevância para garantir nossa soberania”, declarou Haddad, destacando a necessidade de fortalecer o comércio com diferentes parceiros ao redor do mundo.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também participou do debate e recebeu elogios de Haddad pelas negociações realizadas com autoridades dos Estados Unidos. “É deste modo que deve ser feito: com dignidade, sobriedade e respeito pelo povo brasileiro”, concluiu o ministro.

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