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EUA podem aumentar tarifas após condenação de Bolsonaro, afirma especialista

Os Estados Unidos estão considerando elevar as tarifas sobre produtos brasileiros após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo o professor americano Michael Shellenberger, um dos pesquisadores envolvidos na análise das atividades da rede social X (ex-Twitter) no Brasil.
A sentença de 27 anos de prisão contra Bolsonaro, proferida na semana passada por tentativa de golpe de Estado, foi vista como inesperada pelo ex-presidente Donald Trump.
O secretário de Estado Marco Rubio classificou a decisão como injusta e anunciou que os Estados Unidos tomarão medidas em resposta.
Schellenberger comentou na terça-feira (16) à AFP que um aumento nas tarifas é possível e expressou desejo por ações firmes em defesa dos direitos humanos. Ele tem proximidade com o governo de Donald Trump e está sob investigação no Brasil devido ao caso “Twitter Files”.
As relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos estão tensionadas; o presidente Lula manifestou abertura para diálogo, embora as tarifas de 50% aplicadas por Washington ainda estejam em vigor.
Essas tarifas aplicadas pelo governo americano não atingem os jatos, em razão da importância da Embraer, nem o suco de laranja, destacou Shellenberger.
Atualmente, como professor na universidade de Austin, atuando em cadeira que abrange censura e mídia, Shellenberger também prestou depoimento na Câmara dos Representantes sobre o contexto político brasileiro, a pedido da maioria republicana.
Há um ano, Shellenberger participou de manifestações no Brasil contrárias ao governo, motivado pelas revelações dos “Twitter Files Brasil”, que apontariam cooperação entre instâncias judiciais e governamentais contra a oposição favorável a Bolsonaro.
O caso envolvendo Shellenberger levou o secretário de Estado Marco Rubio a ameaçar suspender vistos de autoridades estrangeiras que ameacem cidadãos americanos atuantes nas redes sociais.
O Supremo Tribunal Federal brasileiro, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, teve um conflito com a rede X e seu dono Elon Musk, exigindo o cumprimento da legislação nacional. Isso culminou no bloqueio de contas de apoiadores de Bolsonaro na plataforma, sob risco de multas elevadas.

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