Economia
EUA podem aumentar tarifas após condenação de Bolsonaro, diz especialista

Os Estados Unidos estão considerando aumentar as tarifas contra o Brasil em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme apontado pelo professor americano Michael Shellenberger, um dos envolvidos na investigação das operações da rede social X (antigo Twitter) no Brasil.
A sentença histórica, que sentenciou Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, surpreendeu o ex-presidente americano Donald Trump.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, classificou a condenação como injusta e declarou que os EUA irão responder de forma adequada.
Shellenberger afirmou na última terça-feira que as tarifas poderiam ser ampliadas, enfatizando a importância de uma postura firme em defesa dos direitos humanos. Ele é próximo ao governo Trump e está sendo investigado no Brasil devido ao caso “Twitter Files”, desenvolvido em parceria com dois jornalistas brasileiros.
As relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA vêm se tornando tensas. O presidente Lula mostrou-se aberto ao diálogo apesar da ameaça das tarifas de 50% impostas por Washington.
Shellenberger observou que essas tarifas de 50% não atingem os aviões da Embraer, nem o suco de laranja, devido à importância da fabricante brasileira.
Atualmente, ele leciona na Universidade de Austin sobre censura e mídia, e prestou depoimento na Câmara dos Representantes americana sobre a situação política no Brasil, a pedido da maioria republicana.
Há um ano, Shellenberger esteve no Brasil para apoiar manifestações contra o governo, motivado pelos “Twitter Files Brasil”, que revelaram suposta colaboração entre setores judiciais e governamentais para investigar opositores de Bolsonaro.
O envolvimento de Shellenberger foi um dos fatores que levou o secretário Rubio a ameaçar suspender vistos de autoridades estrangeiras que ameacem cidadãos americanos nas redes sociais.
O Supremo Tribunal Federal brasileiro, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, entrou em conflito com o X e seu dono, Elon Musk, até que a plataforma passou a cumprir a legislação nacional. O X suspendeu contas de apoiadores de Bolsonaro sob risco de multas elevadas.

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