EUA vendem mísseis para o Canadá em negócio de US$ 2,7 bi

Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira (4) a aprovação da venda de mísseis ao Canadá no valor de US$ 2,68 bilhões (R$ 14,2 bilhões). Mark Carney, primeiro-ministro canadense, está aumentando significativamente os investimentos em defesa devido às incertezas nas relações com Washington.

O Departamento de Estado informou que o pacote de armas para ataques aéreos incluirá até 3.414 bombas BLU-111, com peso de 226 kg cada, eficazes para atingir formações militares, além de até 3.108 bombas GBU-39, que são projetadas para atingir alvos fixos com alta precisão.

Também faz parte do acordo a entrega de mais de 5.000 kits JDAM, que permitem transformar bombas convencionais em munições guiadas.

Segundo o Departamento de Estado, esta venda “vai fortalecer a capacidade defensiva do Canadá, ajudando a dissuadir agressões, garantir a cooperação com as forças americanas e contribuir para a defesa compartilhada do continente”.

Mark Carney afirmou em agosto que o Canadá alcançará em 2024 a meta da OTAN de dedicar 2% do PIB para defesa, antecipando o prazo estipulado.

O primeiro-ministro destacou o aumento das incertezas relativas ao papel dos Estados Unidos — tradicional parceiro e protetor canadense no âmbito da OTAN — além do risco potencial de agressão russa nas regiões árticas.

Já o presidente americano Donald Trump tem questionado frequentemente a validade da OTAN, acusando os membros de dependerem demais dos EUA sem fazer sua parte.

Donald Trump criticou o Canadá em diversas ocasiões, principalmente antes de Mark Carney assumir o governo, chegando a sugerir que o país deveria se tornar um estado dos Estados Unidos.