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Europa se acomodou frente a segurança dos EUA e da OTAN, diz ex-embaixador

Em entrevista ao WW Especial deste domingo (16), Mario Vilalba destacou a necessidade de países europeus reforçarem sua segurança e não dependerem apenas dos EUA e da OTAN
A Europa enfrenta um despertar abrupto para uma nova realidade geopolítica, segundo o ex-embaixador Mario Vilalba. Após décadas de relativa tranquilidade sob a proteção dos Estados Unidos e da OTAN, o continente agora se vê forçado a reconsiderar sua postura em relação à segurança.
Vilalba argumenta que os países europeus se acomodaram no pós-Segunda Guerra Mundial, confiando no “guarda-chuva” da Aliança Atlântica e no poderio militar e econômico americano. No entanto, a atual conjuntura exige uma mudança drástica nessa mentalidade.
Rearmamento europeu: uma necessidade urgente
O especialista enfatiza a surpreendente necessidade de rearmamento da Europa, incluindo a Alemanha, diante da potencial ameaça representada pela Rússia.
A invasão da Ucrânia serve como um alerta contundente, com a Rússia já tendo conquistado 11% do território ucraniano – uma área comparável ao estado do Mato Grosso.
As consequências desse conflito são alarmantes. Vilalba cita estimativas de cerca de 50 mil soldados ucranianos mortos, entre 70 e 90 mil baixas do lado russo, além de aproximadamente 10 mil civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.
O desafio nuclear e o futuro da segurança europeia
Um dos maiores obstáculos para a Europa é o fato de a Rússia ser uma potência nuclear. Vilalba ressalta que, se não fosse por esse fator, talvez fosse mais fácil para os europeus se imporem.
A ameaça de Vladimr Putin de usar armas nucleares táticas caso a OTAN avance sobre a Ucrânia complica ainda mais o cenário.
Diante desse panorama, o ex-embaixador conclui que a Europa precisa urgentemente se rearmar e “contar com ela mesma”. A dependência exclusiva dos Estados Unidos e da OTAN não é mais uma opção viável.
O futuro da segurança europeia dependerá da capacidade do continente de se adaptar a essa nova realidade e fortalecer suas próprias defesas.
CNN

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