Ex-assessor de Bolsonaro reforça defesa em caso da tentativa de golpe

Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), ampliou sua estratégia de defesa na ação penal que apura o chamado “núcleo 2” da suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Agora, a equipe de advogado conta com o suporte do escritório de Jeffrey Chiquini, sediado em Curitiba (PR).

Segundo o advogado Ricardo Fernandes, representante de Martins desde o início do processo, a inclusão do escritório Chiquini Advogados na equipe decorre do conhecimento prévio do caso e da infraestrutura física em Brasília, o que facilita a presença nos atos processuais.

“Também economiza tempo, pois estamos enfrentando um período bastante corrido”, explicou o advogado ao Estadão.

Em comunicado publicado nas redes sociais na manhã de segunda-feira, 7, Jeffrey Chiquini informou que seu escritório passa a integrar a defesa de Martins e assegurou que a inocência dele será demonstrada de forma clara e comprovada durante a instrução do processo, prevista para começar em 14 de julho.

“Não ficaremos em silêncio diante de injustiças nem aceitaremos que a verdade seja suprimida contra quem é inocente”, declarou Chiquini.

Além disso, o advogado também representa Rodrigo Bezerra Azevedo, militar do Exército que, segundo as investigações, estaria envolvido em um plano para ameaçar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Filipe Martins está sendo investigado por sua participação na elaboração de um documento que sugeria medidas para modificar o resultado das eleições, supostamente apresentado pelo ex-presidente aos comandantes das Forças Armadas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que o ex-assessor propôs e defendeu o projeto de decreto que buscava implementar medidas extraordinárias.