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Ex-chefe da diplomacia da UE deixa cargo de reitora do Colégio da Europa após denúncia de corrupção
Federica Mogherini, antiga chefe da diplomacia da União Europeia, anunciou nesta quinta-feira (4) sua renúncia ao cargo de reitora do Colégio da Europa, na Bélgica, em meio a uma investigação sobre possível fraude envolvendo fundos europeus.
A Procuradoria Europeia está apurando se houve favorecimento na concessão de um contrato para formação de diplomatas ao Colégio da Europa, quando Mogherini liderava o serviço de política externa da UE, entre 2014 e 2019.
Em um comunicado, a italiana declarou: “Com o mesmo comprometimento e justiça que sempre guiei minhas funções, decidi hoje renunciar aos cargos de reitora do Colégio da Europa e diretora da Academia Diplomática da União Europeia”.
Mogherini, que tem 52 anos, esteve à frente do Colégio da Europa por cinco anos, instituição responsável pela formação de inúmeros funcionários europeus.
A Procuradoria Europeia, que combate fraudes nos recursos da UE, investiga alegações de fraude e corrupção em contratos públicos, conflito de interesses e violação de sigilo profissional.
Além dela, dois outros suspeitos — o funcionário de alto escalão da Comissão Europeia e ex-secretário-geral do serviço diplomático da UE, Stefano Sannino, e o diretor-adjunto do Colégio da Europa, Cesare Zegretti — também foram acusados e liberados, pois não representariam risco de fuga.
A advogada de Mogherini, Mariapaola Cherchi, informou que após 10 horas de interrogatório sua cliente foi liberada sem medidas restritivas.
No comunicado de renúncia, Mogherini manifestou orgulho por ter liderado o Colégio da Europa com reconhecimento e apoio dos estudantes e ex-alunos da Academia Diplomática da UE, que é o foco da investigação.


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