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Ex-comandante da Marinha nega oferta de tropas para golpe

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Almirante Almir Garnier, antigo comandante da Marinha, apresentou suas alegações finais por meio de seus advogados no processo em que é acusado de participar de um plano para realizar um golpe de Estado no Brasil entre o final de 2022 e o início de 2023. O prazo para as defesas finalizarem suas manifestações terminou na quarta-feira, 13, com a defesa de Garnier protocolada quase à meia-noite.

No documento, a defesa solicita a absolvição de Almir Garnier em relação às cinco acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Um dos pontos defendidos é a rejeição da acusação de que o ex-comandante teria oferecido as tropas da Marinha para apoiar uma tentativa de golpe liderada pelo então presidente Bolsonaro.

A defesa também destacou uma contradição nos depoimentos do comandante do Exército, Freire Gomes, e do comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, sobre uma reunião em que tal oferta teria sido feita. Segundo os advogados de Garnier, apenas Baptista Júnior afirmou que o almirante teria disponibilizado as tropas, enquanto Freire Gomes não confirmou essa informação no STF, apesar de tê-la mencionado anteriormente à Polícia Federal.

Além disso, a defesa asseverou que Almir Garnier jamais recebeu ou executou qualquer ordem ilegal durante o seu comando.

O ex-comandante enfrenta cinco acusações graves: participação em organização criminosa armada, tentativa de destruição violenta da democracia, golpe de Estado, dano qualificado e danos a patrimônio protegido pela legislação. Caso condenado, pode ser sentenciado a até 46 anos de prisão.

A Polícia Federal e a PGR afirmam que o almirante foi o único chefe das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe, disponibilizando as forças navais para apoiar a ruptura democrática. Almir Garnier nega ter feito tal proposta ao então presidente.

Após a conclusão desta etapa, caberá ao ministro Alexandre de Moraes preparar o relatório e indicar a data do julgamento na Primeira Turma do STF, cuja coordenação é do ministro Cristiano Zanin. Fontes indicam que as sessões das terças-feiras em setembro estão reservadas para o julgamento.

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