Ex-deputado foragido vai lançar curso online, diz esposa

Rebeca Ramagem, advogada e esposa do ex-deputado federal cassado Alexandre Ramagem (PL-RJ), declarou na quinta-feira, 18, que tem recebido uma enorme quantidade de mensagens de pessoas dispostas a ajudar financeiramente a família. Ela explicou que o bloqueio das contas bancárias no Brasil dificulta o recebimento direto dessas doações.

Em uma nota divulgada nas redes sociais, Rebeca agradeceu a solidariedade, mas ressaltou que, devido ao bloqueio das contas no país, não há atualmente meios diretos para receber contribuições.

Conforme afirmou, não existe um canal formal para encaminhar recursos. O ex-parlamentar foi condenado a 16 anos de prisão em um processo que investigou uma tentativa de golpe, e fugiu para os Estados Unidos em setembro.

Como solução, Rebeca informou que Alexandre Ramagem está desenvolvendo um curso online para ser disponibilizado em plataformas digitais, com o objetivo de oferecer um material acessível que possa servir como apoio financeiro vindo de simpatizantes.

“Recebemos milhares de mensagens de pessoas querendo ajudar financeiramente, e somos muito gratos a cada uma. Que Deus retribua toda essa solidariedade e carinho que sentimos diariamente”, escreveu Rebeca.

“Com esse intuito, Alexandre está preparando um curso online, que será disponibilizado digitalmente. Ele terá conteúdo de alta qualidade, sério, relevante e transformador, com preço acessível, pensado para caber no orçamento de todos”, acrescentou.

A declaração foi feita após Rebeca publicar, na segunda-feira, 15, um vídeo nas redes sociais em que relata ter suas contas bancárias bloqueadas e afirma estar pagando um preço por sua relação com Ramagem.

No vídeo, ela conta estar nos Estados Unidos com a família e atribui o bloqueio ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), embora não tenha tido acesso à decisão formal.

“Fui surpreendida com o bloqueio de todas as minhas contas. É um absurdo que não tem descrição. É um ato não só injusto, mas também desumano, ilegal e inconstitucional”, declarou. Ela também afirmou não ser investigada nem ré em processo algum e ter independência financeira, pois é casada em regime de separação total de bens.

A redação tentou contato com o STF e está aguardando resposta.