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Ex-líderes do INSS e deputado tinham apelidos em planilha
Mensagens recuperadas pela Polícia Federal durante investigação sobre um esquema de desvio de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam que os envolvidos utilizavam codinomes para se referir a ex-membros da liderança do órgão e a um deputado federal que também está sob investigação.
De acordo com os documentos, as trocas de mensagens eletrônicas entre integrantes do chamado “núcleo financeiro” do esquema e dirigentes do INSS mostravam discussões sobre prestação de contas utilizando planilhas.
Nessas planilhas, o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto era identificado como “Italiano”; o ex-diretor André Fidelis era chamado de “Herói A”; o ex-procurador Virgílio Oliveira Filho era nomeado “Herói V”; e o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) era referenciado como “Herói E”.
Alessandro Stefanutto e André Fidelis foram presos em uma nova fase da Operação Sem Desconto da Polícia Federal, autorizada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado Euclydes Pettersen foi alvo de busca e apreensão, mas o pedido para monitoramento eletrônico do parlamentar foi negado pelo ministro.
A operação investiga a atuação da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), uma das entidades que aplicavam descontos associativos de forma irregular.
A investigação da Polícia Federal aponta que a organização criminosa possuía funções bem definidas e era composta por três grupos principais: um de liderança, um financeiro e outro político e de apoio, esse último composto por parlamentares e assessores, incluindo o deputado Euclydes Pettersen.
O inquérito da PF informa que a Conafer recebeu mais de R$ 708,3 milhões do INSS, sendo que R$ 640,9 milhões foram desviados para empresas fictícias e contas controladas por operadores financeiros ligados ao grupo.

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