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Ex-prefeito de cidade do interior de SP encontrado morto em casa

O ex-prefeito de Taquaritinga, Vanderlei Mársico, de 73 anos, foi encontrado morto com sinais de violência dentro de sua residência na manhã desta quinta-feira (10/7), localizada na Rua Visconde do Rio Branco, no centro da cidade.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o corpo foi achado já sem vida, e há suspeita de latrocínio, que é roubo seguido de morte.
Equipes da PM foram chamadas ao local por volta das 9h10. A descoberta foi feita por uma funcionária da casa, que imediatamente acionou a polícia.
Vanderlei Mársico foi empresário e exerceu dois mandatos como prefeito de Taquaritinga. Além disso, atuou por três vezes como vereador e presidiu a Câmara Municipal. Ele deixa sete filhos.
Veículos policiais permanecem no local investigando as circunstâncias da morte. O corpo apresentava sinais de agressão e a casa estava desorganizada.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Afastamento por irregularidades administrativas
O ex-prefeito Vanderlei Mársico estava afastado do cargo desde o final de fevereiro do ano passado, acusado de improbidade administrativa e graves prejuízos ao erário público. Ele estava sendo investigado pelas discrepâncias nos valores financeiros divulgados pela prefeitura em 2022.
Na época, os registros apontavam um saldo de R$ 77.807.423,36, porém extratos bancários indicaram R$ 5.983.729,90, valor 30,55% inferior à receita corrente líquida do município. Essas falhas teriam começado em 2017, no primeiro ano de seu mandato.
A juíza Taiana Horta de Pádua Prado, da 2ª Vara de Taquaritinga, determinou um prazo de 30 dias para que o ex-prefeito respondesse às acusações. Segundo a decisão, essa medida foi tomada após várias tentativas de negociação entre o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) com a prefeitura, sem sucesso.
Em suas palavras, a juíza afirmou que o comportamento dos envolvidos demonstra intenção clara de fraude, visto que desde 2018 essas irregularidades persistem, apesar dos alertas e notificações do Ministério Público e do Tribunal de Contas. Ressaltou que não houve retorno por parte do gestor nem ações concretas para resolver os problemas, e as ilegalidades continuaram existindo.

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