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Ex-presidente do Sri Lanka vai para UTI após prisão

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Ranil Wickremesinghe, ex-presidente do Sri Lanka, foi levado com urgência no sábado (23) para a unidade de terapia intensiva de um hospital público, um dia após ser detido de forma preventiva durante uma investigação sobre uso indevido de verbas públicas.

De acordo com Rukshan Bellana, vice-diretor geral do Hospital Nacional de Colombo, Wickremesinghe deu entrada apresentando desidratação severa e está sob rigorosa vigilância.

“Ele precisa de monitoramento contínuo e tratamento para desidratação aguda para evitar complicações sérias”, explicou Bellana, destacando que o ex-presidente também sofre de diabetes grave e pressão alta.

Apesar do quadro, seu estado é considerado estável no momento.

Segundo um representante do sistema prisional, Wickremesinghe, principal liderança da oposição, foi transferido ao principal hospital do país devido à piora em sua saúde e à ausência de condições adequadas para seu atendimento na prisão.

Líderes oposicionistas que estiveram com ele na prisão relataram que seu ânimo está preservado.

Na sexta-feira, um tribunal do Sri Lanka determinou a prisão preventiva do ex-presidente como parte de uma ação contra a corrupção instaurada pelo novo governo de esquerda, que assumiu o poder em setembro.

Wickremesinghe é acusado de ter utilizado recursos públicos para custear uma viagem particular ao Reino Unido em setembro de 2023, após participar da cúpula do G77 em Havana e da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Ele pode ser condenado a até 20 anos de prisão e a multa equivalente a três vezes o valor desviado, estimado em 16,6 milhões de rúpias (aproximadamente 300 mil reais).

O ex-presidente, de 76 anos, esteve em Londres para acompanhar a posse de sua esposa como professora honorária na Universidade de Wolverhampton, e afirma que os custos desse deslocamento foram pagos por ela.

A oposição alega que a detenção tem motivação política, temendo um possível retorno de Wickremesinghe ao poder.

Ele assumiu a presidência em julho de 2022 depois que Gotabaya Rajapaksa renunciou em meio a protestos durante a grave crise econômica.

Durante seu governo, garantiu um empréstimo de 2,9 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI), que exigiu aumentos significativos nos impostos e o fim dos subsídios aos combustíveis. Em setembro de 2024, perdeu as eleições para o atual presidente Anura Kumara Dissanayake.

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