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Centro-Oeste

Exército impedirá manifestações no QG no 7 de setembro

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O Exército Brasileiro proibiu protestos em frente aos quartéis pelo país. Um general entrevistado pelo Metrópoles confirmou a ordem dada pelo comandante da Força, Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

Segundo o oficial, a tolerância zero é fundamental “para que não ocorram outros movimentos nas imediações dos quartéis”. O general ressaltou ainda que as Forças Armadas “não têm caráter político”.

A proibição de manifestações diante do Quartel-General já existia, porém foi alterada no final de 2022 durante os protestos em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Atualmente, seis dos oito réus do “núcleo crucial do golpe” têm histórico militar.

Estes incluem: ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos; general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; coronel Mauro Cid; general Paulo Sérgio Nogueira, general Walter Souza Braga Netto e o próprio Jair Bolsonaro, que era capitão. Entre os civis estão o deputado Alexandre Ramagem (PL) e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Acampamento no QG em Brasília

O acampamento bolsonarista, que originou os eventos do 8 de Janeiro em frente ao Quartel-General do Exército de Brasília, marcou a história do país com 71 dias de atividades repletas de ódio, preces e planejamento de um golpe de Estado. Durante esse período, o Metrópoles acompanhou o acampamento em diversas ocasiões.

Entre 30 de outubro de 2022, data da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e 9 de janeiro de 2023, quando 1.927 pessoas foram retiradas do QG e levadas à Academia Nacional da Polícia Federal, o acampamento misturou momentos de oração com planos de ataques terroristas, incluindo bombas, além de idosos oferecendo café enquanto militares da reserva ensinavam técnicas de guerrilha.

O acampamento reuniu principalmente empresários, trabalhadores autônomos, aposentados, grupos favoráveis ao armamento e militares reformados.

As tendas foram montadas em grande extensão ao redor do QG do Exército, o que permitiu a permanência dos golpistas no local. No entanto, grande parte dos manifestantes não passava a noite no acampamento, preferindo dormir em residências ou hotéis próximos para retornar no dia seguinte às manifestações.

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