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Exército israelense inicia nova ação no norte da Cisjordânia
O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (26) o começo de uma operação extensa contra grupos armados palestinos localizados no norte da Cisjordânia, região que está sob controle israelense desde 1967.
“Na madrugada de terça para quarta, as forças começaram a atuar em uma operação antiterrorista abrangente na área norte de Samaria”, conforme informado em um comunicado militar que utiliza o nome bíblico para designar essa parte da Cisjordânia.
As tropas israelenses afirmam que não vão permitir a instalação de atividades terroristas na região.
Um fotógrafo da AFP testemunhou soldados israelenses bloqueando as entradas perto da cidade de Tubas.
O governador local, Ahmad Assad, comentou por telefone que o Exército bloqueou acessos com grandes montes de terra. Ele também relatou que as forças realizaram incursões em Tammun, Tayassir, no campo de refugiados palestinos de Far’a e na cidade de Tubas, que é uma área principalmente agrícola.
Ao ser questionado pela AFP, o Exército israelense esclareceu que esta ação não faz parte da “operação antiterrorista” que havia sido iniciada em janeiro de 2025, que tinha como foco principal os campos de refugiados palestinos, sendo esta sim uma nova operação militar.
O nível de violência na Cisjordânia aumentou desde o início do conflito em Gaza, provocado pelo ataque do grupo islâmico palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, contra o sul de Israel.
Mais de mil palestinos, incluindo combatentes e civis, perderam a vida em confrontos com soldados e colonos israelenses, segundo levantamento da AFP baseado em dados da Autoridade Palestina.
No mesmo período, conforme dados israelenses, pelo menos 43 israelenses, civis e militares, morreram em ataques palestinos ou durante operações militares israelenses.
Apesar da trégua em Gaza iniciada em 10 de outubro, os confrontos na Cisjordânia continuam intensos.
O Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários reportou um aumento significativo nos ataques de colonos que causaram vítimas e danos materiais em quase 20 anos de registros neste território.
Em 10 de novembro, um israelense foi morto e três ficaram feridos em um ataque com arma branca conduzido por dois palestinos próximos a Belém, no sul da Cisjordânia; os agressores foram rapidamente neutralizados por soldados.

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