A expectativa de vida no Brasil aumentou em 3 meses e 11 dias em 2016, na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde 1940, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 30,3 anos.
Segundo o demógrafo da coordenação de população e indicadores sociais do IBGE, Marcio Minamiguchi, a tendência é sempre de um aumento no indicador. “O fato anormal seria um não aumento na expectativa de vida”.
Em 2016, uma pessoa nascida no Brasil tinha expectativa de viver, em média, até os 75 anos, 9 meses e 7 dias (75,8 anos). Entre os homens, foi de 71,9 anos em 2015 para 72,2 anos. Enquanto a das mulheres aumentou de 79,1 anos para 79,4 anos em 2016.
Os brasileiros que nascem no estado de Santa Catarina têm a maior expectativa de vida, com 79,1 anos. A menor está em Maranhão, com 70,6 anos.
Além da diferença na expectativa para os que acabam de nascer, os dados do IBGE também mostram as diferenças entre as localidades do país para os já nascidos. Ao completar 65 anos em 2016, o esperado é que uma pessoa ainda teria cerca de 20,1 anos de vida no Espírito Santo, por exemplo. Mas em Rondônia, por exemplo, cairia para 15,9 anos.
“A diferença de expectativa de vida entre os estados é considerável, mas a tendência é de convergência”, explicou Minamiguchi.
A mortalidade na infância (de crianças menores de cinco anos de idade) teve queda de 16,1 por mil em 2015 para 15,5 por mil em 2016. Das crianças que vieram a falecer antes de completar os cinco anos, 85,8% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,2%, entre um e quatro anos de idade.
Entre os recém-nascidos do sexo masculino, a probabilidade de não completar o primeiro ano de vida em 2016 era de 14,4 a cada mil nascimentos. Para as meninas, a chance era de 12,2 a cada mil nascimentos.
Em 1940, a chance de uma criança de um e quatro anos falecer era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2016 – desde a década de 40, a mortalidade infantil apresentou redução de 90,9%, passando de 146,6 por mil para 13,3 por mil. Entre as crianças de um e quatro anos de idade, a chance de falecer também sofreu baixa de 97,1%, indo de 76,7 por mil para 2,2 por mil.
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