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Explosão mata seis pessoas em mesquita na Síria
Pelo menos seis pessoas perderam a vida nesta sexta-feira (26) devido a uma explosão ocorrida em uma mesquita localizada na cidade de Homs, no oeste da Síria, uma região predominantemente alauita, conforme informado pelas autoridades locais.
O Ministério do Interior declarou que a mesquita Ali Bin Abi Talib foi alvo de um ataque terrorista durante as orações de sexta-feira no bairro Wadi al Dahab, situado na rua Al Khadri. Além dos seis mortos, outras 21 pessoas ficaram feridas na explosão.
Desde o início da guerra civil no país, em 2011, a cidade de Homs tem sido palco de intensos confrontos sectários.
A agência estatal Sana reportou a explosão e ressaltou que a causa e a natureza do incidente estão sendo investigadas.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma organização localizada no Reino Unido, ainda não está confirmado se a explosão foi resultado de um ataque suicida ou da detonação de um artefato explosivo.
Uma fonte de segurança local, que preferiu manter o anonimato, afirmou à AFP que o incidente pode ter sido causado por um dispositivo explosivo colocado dentro da mesquita.
Um morador da região, que pediu para não ser identificado por questões de segurança, relatou que após a forte explosão houve situação de pânico e caos no bairro.
Ele acrescentou que ninguém se atreve a sair de casa, e que sirenes de ambulâncias podem ser ouvidas com frequência.
A agência Sana divulgou imagens do interior da mesquita que mostram um buraco em uma das paredes e fumaça negra preenchendo parte do ambiente, com tapetes e livros espalhados pelo chão.
A cidade de Homs é habitada majoritariamente por muçulmanos sunitas, mas também possui áreas com maioria da comunidade alauita.
Embora a maior parte da população síria seja sunita, o ex-presidente deposto Bashar al-Assad pertence à minoria alauita, cujo ramo da fé deriva do islamismo xiita.
Desde a deposição de Assad em 2024, o OSDH e moradores de Homs relatam casos de sequestros e assassinatos envolvendo membros dessa comunidade.
Na região costeira da Síria, vários civis alauitas foram mortos em março, e as autoridades responsabilizam grupos armados ligados a Assad pela escalada da violência, acusando-os de atacar forças de segurança.


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